Páginas

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Lembrando de uma guerreira no Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial



Nessa quarta-feira, dia 03/07, é comemorado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. 


Que possamos hoje nos lembrar da professora e antropóloga mineira Lélia Gonzalez e do Nelson Mandela, pessoas que dedicaram a vida à luta contra o preconceito. 


Aliás, no próximo dia 10, completarão 30 anos da morte da Lélia Gonzalez (Belo Horizonte, 1 de fevereiro de 1935 — Rio de Janeiro, 10 de julho de 1994), vista até hoje como uma importante referência nacional nos estudos e debates de gênero, raça e classe no Brasil, América Latina e pelo mundo, sendo também considerada uma das principais autoras do feminismo negro no país. 


Ademais, importante dizer que ela foi pioneira em pesquisas sobre Cultura Negra no Brasil e co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ) e do Movimento Negro Unificado (MNU). 


Nascida na capital mineira, ela chegou à Cidade Maravilhosa em 1942. No início de sua vida no Rio, Lélia trabalhou pela primeira vez como babá, tendo feito seus estudos em escolas públicas e, em 1954, concluiu os ensinos no prestigiado Colégio Pedro II, tradicional instituição de ensino carioca. 


Com anos de estudo, ela conseguiu se graduar em bacharel em História e Geografia pela Universidade Estadual do Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e depois em Filosofia pela mesma instituição, trabalhando como professora da rede pública de ensino. Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (Cap-UERJ), nos anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos. 


Além disso, Lélia atuou na mobilização de negros e negras rumo ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), na resistência à ditadura, na luta de negros brasileiros contra o Apartheid na África do Sul, na formulação de mulheres negras nas políticas públicas, a partir do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), no qual atuou de 1985 a 1989.


Apesar de nunca ter sido eleita para algum cargo numa Casa Legislativa, através do voto popular, Lélia Gonzalez é uma figura bem representativa para a luta contra a discriminação racial no nosso país e fora dele, sendo de grande importância a valorização da sua vida na História.



Saudações antirracistas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário