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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Não podemos fechar os olhos para o que acontece na Venezuela!



Segundo afirmou nesta quinta-feira (15/02) o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, o governo de Nicolás Maduro "suspendeu as atividades" do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no país, instalado em 2019, e ordenou a saída dos seus funcionários em 72 horas.


Na última sexta-feira (09/02), vimos no país vizinho a arbitrária prisão por "terrorismo" da ativista de direitos humanos Rocío San Miguel, quando a advogada estava prestes a viajar para fora da Venezuela com sua filha, que mais tarde foi colocada em liberdade condicional. Seu ex-marido, o coronel aposentado Alejandro José Gonzales, também foi preso sob suspeita de "revelar segredos políticos e militares".


Ora, não podemos ficar inertes diante dessa escalada contra movimentos civis que ocorre na Venezuela!


É evidente que esse recrudescimento da repressão no país irmão afeta o processo eleitoral de lá (até hoje sem data marcada para a votação), sendo óbvio que se tratam de prisões políticas


A meu ver, o governo Lula não pode se calar diante das violações à democracia e aos direitos humanos cometidas pelo regime de Maduro para que não prejudique a sua boa imagem. Inclusive, devemos reconhecer que os EUA estão corretíssimos quando impuseram novamente as sanções no mês passado, depois que o tribunal superior da Venezuela manteve a proibição da candidatura da principal candidata presidencial da oposição, Maria Corina Machado.


Dessa vez, ao suspender as atividades do gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Venezuela, o regime de Maduro está dando mais um passo na direção contrária ao diálogo, sendo fundamental que países vizinhos como o Brasil e Colômbia condenem essa medida como fez o presidente do Chile, Gabriel Boric, em meados do ano passado. Pois, do contrário, o nosso silêncio estará contribuindo para dar sobrevida política a um autocrata que não representa a esquerda democrática latino-americana.


Nada de ficarmos passando pano pra ditadores!

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