As imagens que sintetizam os últimos anos de governo comunicam mais do que slogans: elas organizam um sentido político de ciclo. União, reconstrução e colheita não são apenas palavras; são etapas de um processo de retomada democrática, institucional e social após um período de rupturas, conflitos e desorganização do Estado. Ao avaliar os três primeiros anos da atual gestão federal, é possível identificar coerência entre discurso, prioridades e resultados, ainda que persistam desafios estruturais.
2023 — O ano da União
O primeiro ano foi marcado pela recomposição do tecido democrático. A prioridade foi estabilizar o país institucionalmente, restaurar pontes entre Poderes, reconstruir a credibilidade internacional e revalorizar políticas públicas que haviam sido desmontadas.
Entre os principais marcos, destacam-se:
- A defesa firme da democracia e das instituições, com resposta política e jurídica aos ataques ao Estado de Direito;
- A retomada do diálogo federativo, com estados e municípios voltando a ser tratados como parceiros;
- O reposicionamento do Brasil no cenário internacional, com diplomacia ativa, ambientalmente responsável e voltada à cooperação Sul-Sul;
- A reconstrução de políticas sociais, com a reorganização do sistema de proteção à população mais vulnerável.
A união não significou unanimidade, mas sim capacidade de governar em ambiente plural, resgatando a normalidade democrática e reduzindo tensões que paralisavam o país.
2024 — O ano da Reconstrução
Com a estabilidade política mínima restabelecida, o segundo ano aprofundou a reconstrução do Estado e da capacidade de planejamento público. Foi o momento de reerguer estruturas administrativas, recuperar programas estratégicos e recolocar o desenvolvimento no centro da agenda.
Entre os avanços, podem ser citados:
- A retomada dos investimentos públicos, com foco em infraestrutura, saúde, educação e ciência;
- A reconstrução da política ambiental, com queda significativa do desmatamento e recuperação do protagonismo climático do Brasil;
- A reindustrialização como política de Estado, estimulando inovação, tecnologia e geração de empregos qualificados;
- O fortalecimento de empresas e instituições estratégicas, essenciais à soberania nacional.
Reconstruir significou planejar o futuro, corrigindo distorções herdadas e devolvendo ao Estado sua função indutora do desenvolvimento.
2025 — O ano da Colheita
O terceiro ano simboliza os resultados concretos das escolhas feitas desde o início do mandato. A colheita aparece na melhoria de indicadores sociais, no crescimento econômico com inclusão e no aumento da confiança da sociedade nas políticas públicas.
Entre os sinais mais visíveis dessa fase:
- Redução da fome e da pobreza extrema;
- Geração de empregos e recuperação da renda do trabalho;
- Fortalecimento da agricultura, da produção de alimentos e do mercado interno;
- Ampliação de investimentos estruturantes por meio de programas como o novo PAC.
A colheita não é um ponto final, mas a confirmação de que o caminho adotado produziu resultados, especialmente para quem mais depende do Estado.
2026 — O ano da Verdade: expectativas e desafios
O quarto ano se apresenta como o momento da verdade política. É quando o governo será avaliado não apenas por intenções, mas pelo conjunto da obra. As expectativas para 2026 envolvem consolidar avanços e enfrentar entraves históricos.
Entre os principais desafios estão:
- Aprofundar a justiça social e reduzir desigualdades regionais;
- Avançar em reformas que tornem o Estado mais eficiente sem perder seu caráter social;
- Enfrentar a desinformação e o extremismo político que ainda ameaçam a democracia;
- Sustentar o crescimento econômico com responsabilidade fiscal e inclusão.
Se os três primeiros anos foram de reconstrução e entrega de resultados, 2026 será o ano de prestar contas à sociedade, reafirmando o compromisso com a democracia, o desenvolvimento e a verdade dos fatos.
Considerações finais
O balanço dos três primeiros anos indica um governo que escolheu reconstruir o país a partir do diálogo, da política pública e da centralidade do povo. Em um cenário internacional instável e com heranças internas complexas, a gestão demonstrou capacidade de liderança, resiliência institucional e foco social.
A expectativa para 2026 é que o país chegue a esse momento com mais estabilidade, menos desigualdade e maior clareza sobre qual projeto de nação está em disputa. A verdade, afinal, não se impõe por discurso — ela se revela nos resultados.

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