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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

A DIREITA É ASSASSINA NO MUNDO INTEIRO! PRECISAMOS DEFENDER VIDAS!

 


É profundamente chocante — e inaceitável — que os governa tes da direita, seja nos Estados Unidos ou no Brasil, recorram à violência letal como primeira — e muitas vezes única — “solução” para problemas de segurança, tráfico ou criminalidade. 


Recentes revelações sobre os ataques do Pentágono contra embarcações no Caribe deveriam servir como alerta de como o uso da força militar fora de um contexto de guerra declarada pode facilmente se tornar execução arbitrária, com vítimas inocentes — e mesmo sobreviventes de um ataque inicial transformados em alvo de um segundo disparo, quando já estavam à deriva, agarrados aos destroços. 


No Brasil, sob governos igualmente enquadrados à direita, como os de Cláudio Castro (no Rio de Janeiro) e Tarcísio Gomes de Freitas (em São Paulo), vemos o eco dessa lógica: operações policiais truculentas, letalidade elevada, prisões sumárias, suspeitas de violações de direitos humanos e, muitas vezes, ausência de transparência e responsabilização. O que muda — território, bandeira, suposto alvo — não altera a matriz de medo: o uso da arma como principal instrumento de controle social.


O recente pedido de parlamentares americanos — tanto democratas quanto republicanos — pela divulgação das ordens formais de ataque, relatórios pós‑operação e vídeos não editados dos bombardeios é um ato tardio de sanidade institucional.  Se a força militar é usada, deve haver prestação de contas clara: quem autorizou, em que contexto, com que base legal, e qual foi a situação real dos alvos atingidos. Sem isso, torna-se impossível distinguir entre combate ao narcotráfico e execuções extrajudiciais.


E há consequências concretas: além do peso moral e jurídico — com risco de crimes de guerra ou violações internacionais — pode haver repercussões políticas sérias. A rigor, o Congresso poderia usar seu poder de orçamento e aprovação de verbas para exigir transparência, condicionar continuidade das operações a relatórios públicos, ou mesmo vetar recursos para quem autoriza ações como essa. Nos EUA, esse tipo de controle poderia desembocar num processo de impeachment, se ficar demonstrado que o governo agiu fora da lei; no Brasil, em repúdio público, mobilização popular, questionamentos sobre a legitimidade do uso da força e eventual revisão das políticas de segurança.


Não podemos fingir que “aqueles lá longe” e “aqueles aqui” são realidades separadas — o padrão é o mesmo: violência estatal, ocultação de informação, impunidade possível. Defender vidas, civis, inocentes, exige condenar esses métodos — sempre.


Parem de matar!


📷: Kristopher Radder/Brattleboro Reformer/AP)

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