"Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te"
(Deuteronômio 6:6-7; ARA)
Após ler uma interessante matéria na internet, intitulada Você fala sobre sexo com seus filhos?, assinada pela blogueira Carol Patrocínio, veio logo em minha mente o texto bíblico acima citado. Em seu artigo a autora assim se posicionou sendo meus os destaques:
"Eu cresci em uma família em que a preocupação com nossos bem-estar era imensa e o diálogo sempre foi a principal ferramenta. Fingir que o sexo não existe e não permeia nossas vidas, independentemente da idade que temos, não fará com que ele desapareça. Há todos os tipos de pessoas por aí. Boas e ruins. Interessadas em ajudar e interessadas em destruir vidas por seu próprio prazer. Deixar seus filhos descobrirem sozinhos quem é quem não é inteligente (...) O que digo aqui é baseado exclusivamente na minha experiência: a maneira como fui criada e como crio meus filhos. Nenhum de nós nunca sofreu abusos, de nenhum tipo, e devo muito disso ao canal aberto para discussão que sempre tive com meus pais. Não faltam pessoas com intenções horríveis por aí e a obrigação de deixar seus filhos a salvo é sua, não da escola ou da igreja. (...) Responder a todas as perguntas. É claro que você pode parar um minutinho para pensar na melhor maneira, mas não deixe a criança com dúvidas – mas também não dê mais informações do que a criança quer saber. Não deixe que ela aprenda pelos amigos da escola – e ela vai falar sobre esses assuntos, quer você queira, quer não - de uma maneira que não é aquela que você acredita ser a melhor (...)"
Concordo com boa parte das coisas que ela colocou na íntegra de seu artigo. Penso que a base de tudo esteja mesmo no diálogo. Nada se resolve por meio de imposições de valores ou pela conduta evasiva do educador em não querer enfrentar determinados assuntos conflitantes ao conversar com a criança. A comunicação dos pais precisa penetrar diretamente no coração dos filhos. É necessário que haja assimilação do direcionamento paterno através da receptividade. Cabe ao genitor estimular o interesse do educando infundindo-lhe princípios éticos. Tanto sobre sexualidade como qualquer outro assunto.
Criar filhos é uma questão de responsabilidade e, há três mil anos atrás, a Bíblia já falava a respeito disto. Os pais precisam gastar tempo convivendo com a criança. Devem fazer da educação um investimento colocando o convívio familiar nas suas agendas: assentados, caminhando, nas hora de dormir e de levantar. Nada justifica suspender o ensino das crianças e os genitores não podem delegar esse trabalho a ninguém.
Certamente que o bem-estar futuro de uma criança dependerá de sua educação. Não só de uma pessoa como de uma comunidade e da nação inteira. Hoje o Brasil tem naufragado no plano ético por causa da má formação do nosso povo. Se há tantas crianças violentadas, adolescentes grávidas e jovens contaminados com HIV e outras formas de DSTs, é porque existe uma má orientação por trás. Ou melhor dizendo, uma ausência desta.
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