Estou compartilhando acima uma imagem do célebre quadro Proclamação da República, de 1893, o qual se trata de um óleo sobre tela do pintor, desenhista, fotógrafo, professor, historiador, decorador, cartógrafo e astrônomo paulista Benedito Calixto (1853-1927).
Há exatos 135 anos, mais precisamente em 15 de novembro de 1889, o Império do Brasil era declarado uma república (na época chamada Estados Unidos do Brasil), pelo marechal Deodoro da Fonseca, que se tornou o nosso primeiro presidente, sem que houvesse qualquer eleição ou movimento de base popular que justificasse. Na ocasião, o imperador D. Pedro II e a sua sucessora, a Princesa Isabel, foram depostos em um golpe militar e exilados na Europa.
Houve, com isso, a criação do governo provisório republicano, sendo que, apenas em 1993, tal forma de governo veio a ser legitimada por uma consulta popular, assim como o sistema presidencialista. Aliás, foi o meu primeiro voto quando tinha 17 anos.
Sinceramente, não curto a presente dará, pois a considero a celebração de um golpe. Entretanto, vejo a monarquia como algo pertencente ao nosso passado e que foi útil, por décadas, para a manutenção da integridade territorial do país após à Independência (1822).
Verdade seja dita que a Proclamação da República no Brasil pode ser comparada a um parto prematuro por cirurgia cesariana de uma gestação com menos de 9 meses. Algo que, a meu ver, acabaria ocorrendo naturalmente na primeira metade do século XX, talvez nas décadas de 20, de 30 ou de 40.
Viva a República! Não aquela que foi imposta por um militar e sim a que estamos construindo no nosso dia a dia, com democracia e participação popular.
Ótima sexta-feira a tod@s!
Para pelo excelente registro histórico e importante reflexão!
ResponderExcluirObrigado pela leitura e comentários. Volte sempre!
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