"Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: 'Seja o nosso rei!' A oliveira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?' Então as árvores disseram à figueira: 'Venha ser o nosso rei!' A figueira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?' Depois as árvores disseram à videira: 'Venha ser o nosso rei!' A videira, porém, respondeu: 'Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?' Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: 'Venha ser o nosso rei!' O espinheiro disse às árvores: 'Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá os cedros do Líbano!'" (Juízes 9.8-15; NVI)
Se você acha que vou escrever um novo texto religioso por ter causa da transcrição acima, está muito enganado. Vou falar de POLÍTICA!
Embora a passagem acima citada esteja incluída na Bíblia, ela tem tudo a ver com uma situação de luta pelo poder que aconteceu na história do povo israelita, quando aquela nação, passivamente, havia permitido que um homem perverso chamado de Abimeleque reinasse sobre o país.
Muitas vezes reclamamos dos políticos que nos governam e legislam em nome da população brasileira. Contudo, consentimos que eles sejam eleitos e ainda re-eleito, o que me acaba sendo muito pior. E assim como o espinheiro mentiu prometendo sombra, mesmo sendo uma árvore baixa, caímos nas lábias desses mentirosos oportunistas, os quais oferecem coisas que jamais poderão ser concretizadas.
O pior de tudo é que o povo brasileiro vota nessa corja mesmo sabendo da impossibilidade de suas promessas. Aliás foi o que assisti em nível local, aqui em Nova Friburgo, no ano de 2008. Foi quando o então o candidato a prefeito, Dr. Heródoto Bento de Mello, eleito por 47% dos votos, propôs os mais mirabolantes projetos em nada condizentes com a realidade de uma cidade relativamente pobre como a nossa. Um deles, por exemplo, tratou-se de um moderno trem suspenso de alta velocidade que trafegaria sobre o rio principal da cidade. Só que a maioria do eleitorado não foi capaz de questionar sobre a necessidade de recursos no mínimo cinco vezes mais elevados do que a arrecadação anual do município para a construção do então denominado "Trem do Futuro".
Suponho que coisas semelhanças aconteçam também em outras cidades do país, sejam elas pequenas, médias e grandes. Até os anos 80, isto ainda era muito comum mas não podemos esquecer que, de tempos em tempos, o Zé Promessa reaparece porque a memória do eleitor é curta.
Mas por que elegemos sempre o espinheiro ao invés da oliveira, da figueira ou da videira? Será que os homens de bem não querem nada com a política?
Neste ano de 2010, vi uma mulher que me pareceu ser pessoa de bem candidatando-se à Presidência da República pelo Partido Verde. De Norte a Sul, ela percorreu o país e expunha suas propostas num curtíssimo tempo de televisão. Porém, infelizmente, o eleitorado brasileiro nem ao menos lhe deu a chance de disputar o segundo turno e ainda houve evangélicos que a difamaram injustamente, caindo nas lábias de um certo pastor-espinheiro.
Não sou contra que os cristãos verdadeiros (aqueles que de fato seguem a Cristo) coloquem seus nomes à disposição para disputarem cargos eletivos. Penso que, se for da vontade de Deus, a eleição de uma pessoa íntegra pode até cumprir um propósito bem significativo, pelo menos durante um período na história (infelizmente até á volta de Jesus as coisas só tendem a piorar). Todavia, o que não podemos fazer é sermos omissos a ponto de, praticamente, concordarmos com ascensão do espinheiro ao poder. Ainda mais se vivemos dentro de um regime democrático em que temos direito de votar e dar nossas opiniões.
Desejo que a população brasileira fique mais atenta contra a demagogia daqui para frente e que sejamos capazes de expulsar de nossas cidades, bem como do nosso país, todo político espinheiro.
Este blogue tem por objetivo divulgar aquilo que eu penso. Escrevo não somente assuntos jurídicos como também comento sobre política, religião, sexualidade, filosofia, questões locais da cidade onde moro e tudo o que me vem na cabeça. Quem desejar fazer seus comentários, fique a vontade. Aqui não tem censura!
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