Páginas

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Natal e o nosso desencontro com a Vida


É mais um Natal que os cristãos comemoram! Aqui em Nova Friburgo, vejo alguns enfeites pelas praças, ruas cheias de gente, supermercados com produtos direcionados para as festas de final de ano e ouço quase todos os dias o som do ensaio dum coral na matriz católica, bem próxima à minha residência.

Nada muito extravagante desta vez e acho até uma pena que a Prefeitura não esteja incentivando os moradores da cidade a enfeitarem suas residências, pois seria uma atração turística a mais para a região que tanto precisa melhorar sua condição econômica. Contudo, por outro lado, penso que o atrativo maior do Natal não está numa mera organização familiar ou coletiva da festa, mas sim na pessoa de Jesus, na vinda do Messias, o salvador do mundo. Alguém que, na maioria das vezes, celebramos como sendo o personagem romanceado de uma tradição cristã, lembrando-nos da imagem presepial daquela pobre criança nascida numa manjedoura que, a seguir, é visitada pelos pastores e pelos reis magos dos quais recebe os três presentes: ouro, incenso e mirra.

Nesta época, muitas famílias gostam de se reunir. Parentes que, durante o ano inteiro, às vezes nem se vêem, agora são obrigados a se encontrar novamente na casa dos pais, dos avós ou dos sogros, numa convivência nem sempre desejada e que, em determinados casos, acaba até em confusão. Aí, mal termina o Natal, aquelas mesmas pessoas já se mobilizam para duas comemorações “pagãs” (o Ano Novo e o Carnaval) que acabam sendo mais interessantes do que a reunião natalina. Aliás, aqui mesmo em Nova Friburgo, desde 1993, já virou tradição alguns jovens passarem o resto da madrugada num show de música popularmente conhecido como Rock Noel logo depois de cearem com a família.

Mas como é que as pessoas podem celebrar o nascimento de Jesus e o tratarem como se na verdade ele fosse para elas um um ser da tradição histórica ocidental ou da mitologia cristã? Que significado, afinal, isto tem para elas? E qual o valor desses encontros formais com os nossos parentes se, instantes depois, retornamos às nossas relações superficiais e egoístas como se estivéssemos presos dentro de nossa própria emoção?

Penso que deveríamos transformar esse Natal de presépio em algo mais espontâneo, sincero e reflexivo em que as pessoas reconsiderem seus relacionamentos, onde haja menos vinho ou presentes, e mais calor humano. Um Natal em que convidemos Jesus para fazer parte de nossas vidas todos os dias, passando a seguir seus passos e estabelecendo com Ele uma amizade eterna.

Para resumir de uma vez, digo que não precisamos da celebração do Natal e sim de Jesus! Ele é a própria Vida, a resposta para todas as nossas necessidades. Pois é Jesus quem dá significado à existência humana de modo que, quando compreendemos sua Palavra, a nossa vida passa a fazer sentido e aí todos os dias passam a valer mais do que meras comemorações natalinas, de modo que a nossa família torna-se verdadeiramente extensiva porque Nele todos são irmãos, irmãs, pais, mães, filhos e filhas.

Que neste Natal, Jesus seja uma realidade para você e a cada dia tenhamos um novo encontro com a Vida!

Boas festas para você e sua família!

Um comentário:

  1. A criança da foto é meu sobrinho, filho de minha irmã Marina e o primeiro neto de minha mãe.

    ResponderExcluir