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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

🔍 O que ainda pode acontecer no caso da Trama Golpista no STF? Entenda de forma simples

 


Muita gente tem perguntado sobre os “embargos infringentes” apresentados pelos réus condenados no caso do suposto golpe. 


Na prática, a chance de esses recursos serem aceitos pelo Supremo é muito baixa.


E por quê?


Porque a regra do próprio STF exige pelo menos dois votos divergentes para que esse tipo de recurso seja admitido. Logo, como no julgamento da Primeira Turma, o placar foi 4 a 1 pela condenação, não há base jurídica suficiente para reabrir o caso por essa via.


👉 Mas então acabou?

Não exatamente!


Mesmo um recurso com baixíssima viabilidade ainda precisa ser analisado. Antes de rejeitar, o STF tem que:


- receber o recurso,


- ouvir a Procuradoria-Geral da República,


- levar o tema a julgamento,


- eventualmente apreciar embargos de declaração,


- e só então declarar o trânsito em julgado.


Esse caminho, por mais simples que pareça, pode tomar meses...


E é aí que entra o ponto político!


🕰️ A discussão mantém o caso vivo — e pode atravessar 2026


Mesmo que o STF rejeite os recursos, o simples fato de recorrer ganhará uma pauta e vai gerar debates sobre:


- admissibilidade;


- divergências internas;


- possibilidade (mesmo remota) de levar o tema ao Plenário;


- pedidos de vista;


- manifestações e reações políticas;


Isso já prolonga o caso no noticiário e no debate público.


Em outras palavras:


📌 Os recursos dificilmente vão mudar o resultado da condenação.

📌 Mas podem manter o caso em discussão no STF ao longo de 2026 — com efeitos políticos reais.


Quando temas sensíveis chegam ao Supremo, não é só o efeito jurídico que importa. O tempo do processo, as expectativas criadas e a narrativa construída pelos envolvidos acabam influenciando o ambiente político.


Por isso, mesmo com chance quase zero de vitória, os recursos ainda têm impacto: não para reverter a decisão, mas para prolongar o debate.

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