Muita gente ainda acredita que Mangaratiba esteja vivendo um dos momentos mais decisivos de sua vida democrática, aguardando que a Justiça Eleitoral julgue ações, arquive inquéritos ou até livre investigados por falta de provas consistentes. Isso faz parte do jogo jurídico, e faz parte do Estado de Direito.
Contudo, há algo muito sério que independe de condenações, de culpados ou de nomes: o colégio eleitoral da cidade está distorcido — e isso ameaça diretamente a legitimidade das eleições de 2028.
Ora, por isso, mesmo que:
- a AIJE seja julgada improcedente,
- o inquérito policial termine inconclusivo,
- e nenhuma pessoa seja responsabilizada penalmente,
a revisão do eleitorado continua não apenas necessária, mas urgente!
📉 O eleitorado cresceu além da capacidade real do município — e isso não precisa de culpado para ser corrigido
Mesmo se a Justiça entender que não há provas suficientes contra A, B ou C, permanece um fato incontestável:
- 46.874 eleitores,
- para 41.220 habitantes,
- com milhares de títulos vinculados a casas sem energia, imóveis vazios e endereços incompatíveis com a realidade urbana.
E isso Mangaratiba deixou de ter.
🎯 A revisão não é punição — é saneamento
A revisão:
- não acusa ninguém,
- não pune ninguém,
- não cassaria nenhum mandato,
- não deixaria ninguém inelegível,
- não serve para prejudicar investigados.
Ela serve para proteger a população, ajustando o cadastro à realidade.
Se amanhã a Justiça absolver todos os que forem acusados, o eleitorado continuará anômalo e precisará ser revisado da mesma forma.
🧨 E quem mais sofre com essa distorção? O candidato a VEREADOR com base orgânica!
Os números mostram isso de forma cruel:
✔ Quando entram milhares de eleitores de fora, o voto comunitário perde peso
✔ O quociente eleitoral sobe artificialmente
Mais eleitores → mais votos para se eleger → mais dificuldade para quem depende de apoio real, orgânico, legítimo.
✔ O voto de quem mora aqui passa a valer menos
É inadmissível que o morador tradicional de Mangaratiba, que sofre os problemas da cidade todos os dias, tenha seu peso reduzido em relação a títulos transferidos sem vínculo real.
✔ As campanhas ficam mais caras e desiguais
Quanto maior o eleitorado, maior o raio de atuação e maior a desigualdade entre quem usa vínculos comunitários e quem opera estruturas artificiais.
🔍 Mesmo sem culpados, o problema permanece — e o TSE tem o dever de agir
É por isso que, historicamente, o tribunal determina revisões mesmo quando:
- não há responsáveis identificados,
- não existem condenações,
- ações eleitorais foram julgadas improcedentes.
Porque o foco é sanear e não punir. E Mangaratiba se enquadra perfeitamente nesse modelo.
🗳️ 2028 não pode ser decidida por um eleitorado fictício
A eleição municipal de 2028 poderá ser uma das mais importantes da história recente da cidade e poderá representar uma renovação.
E há apenas dois cenários possíveis:
❌ Sem revisão
- o eleitorado seguirá inflado;
- o quociente eleitoral continuará artificial;
- candidatos comunitários serão novamente esmagados;
- e o resultado nascerá sob suspeita.
✔ Com revisão
- cada voto local recupera seu valor;
- candidatos orgânicos têm chance real;
- o pleito ganha legitimidade;
- e Mangaratiba volta a escolher seu futuro de forma soberana.
⭐ Conclusão: a revisão é necessária porque a cidade merece uma eleição justa — independentemente de quem seja culpado
Mangaratiba não pode ser refém de distorções estatísticas, de números que não batem e de um cadastro eleitoral que não representa seu povo.
Caso haja culpados, a Justiça que os julgue. E, particularmente, tenho uma convicção íntima de que a ação movida contra os dois integrantes da chapa vencedora será considerada improcedente, mas isso não vem ao caso.
Desse modo, mesmo se não houver nenhum condenado, o dever da Justiça Eleitoral continua existindo da mesma forma: sanear o cadastro, corrigir a distorção e garantir que a eleição de 2028 seja a mais legítima possível.
Quem ama Mangaratiba, quem respeita a democracia local, quem acredita que o voto do morador real deve valer mais do que qualquer arranjo artificial, sabe:
👉 A revisão do eleitorado não é uma escolha. É uma necessidade.
E quanto antes ela vier, melhor para os candidatos orgânicos, melhor para a cidade, melhor para a democracia.


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