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sexta-feira, 21 de novembro de 2025

📝 Independente das impugnações eleitorais, Mangaratiba precisa urgentemente de uma revisão do eleitorado



Muita gente ainda acredita que Mangaratiba esteja vivendo um dos momentos mais decisivos de sua vida democrática, aguardando que a Justiça Eleitoral julgue ações, arquive inquéritos ou até livre investigados por falta de provas consistentes. Isso faz parte do jogo jurídico, e faz parte do Estado de Direito.


Contudo, há algo muito sério que independe de condenações, de culpados ou de nomes: o colégio eleitoral da cidade está distorcido — e isso ameaça diretamente a legitimidade das eleições de 2028.


Ora, por isso, mesmo que:


  • a AIJE seja julgada improcedente,
  • o inquérito policial termine inconclusivo,
  • e nenhuma pessoa seja responsabilizada penalmente,


a revisão do eleitorado continua não apenas necessária, mas urgente!


Isto porque o problema não é jurídico.
É estrutural.
É aritmético.
É visível a olho nu.
E afeta profundamente a justiça e a competitividade das eleições municipais.


📉 O eleitorado cresceu além da capacidade real do município — e isso não precisa de culpado para ser corrigido


Mesmo se a Justiça entender que não há provas suficientes contra A, B ou C, permanece um fato incontestável:


  • 46.874 eleitores,
  • para 41.220 habitantes,
  • com milhares de títulos vinculados a casas sem energia, imóveis vazios e endereços incompatíveis com a realidade urbana.


Isso não desaparece com uma decisão judicial.

Não vira “normal” por falta de condenados.

Não se transforma em algo legítimo porque o inquérito não encontrou autoria.

O cadastro eleitoral não é um processo penal.

Ele é uma base técnica que precisa refletir a verdade da cidade.

E isso Mangaratiba deixou de ter.


🎯 A revisão não é punição — é saneamento


Há quem confunda revisão do eleitorado com perseguição política.

É o oposto.

A revisão:


  • não acusa ninguém,
  • não pune ninguém,
  • não cassaria nenhum mandato,
  • não deixaria ninguém inelegível,
  • não serve para prejudicar investigados.


Ela serve para proteger a população, ajustando o cadastro à realidade.


Se amanhã a Justiça absolver todos os que forem acusados, o eleitorado continuará anômalo e precisará ser revisado da mesma forma.


🧨 E quem mais sofre com essa distorção? O candidato a VEREADOR com base orgânica!


O candidato a prefeito não é o único capaz de atingido por esse inflacionamento artificial do eleitorado. Na verdade, ele é o menos prejudicado no pleito municipal!

Os que mais sofrem, ano após ano, são os candidatos a vereador com base verdadeiramente local.

Os números mostram isso de forma cruel:


✔ Quando entram milhares de eleitores de fora, o voto comunitário perde peso

O candidato do bairro, da igreja, da associação, do esporte, da cultura, do comércio…
Todos eles veem sua força esvaziada quando o colégio eleitoral cresce de forma incompatível com a realidade do território municipal.

✔ O quociente eleitoral sobe artificialmente

Mais eleitores → mais votos para se eleger → mais dificuldade para quem depende de apoio real, orgânico, legítimo.


✔ O voto de quem mora aqui passa a valer menos

É inadmissível que o morador tradicional de Mangaratiba, que sofre os problemas da cidade todos os dias, tenha seu peso reduzido em relação a títulos transferidos sem vínculo real.


✔ As campanhas ficam mais caras e desiguais

Quanto maior o eleitorado, maior o raio de atuação e maior a desigualdade entre quem usa vínculos comunitários e quem opera estruturas artificiais.


O candidato orgânico — aquele que representa de verdade a cidade — perde competitividade.

E não por falta de mérito. Mas sim porque ele está lutando contra um colégio eleitoral inflado, que ninguém sabe exatamente quem compõe.


🔍 Mesmo sem culpados, o problema permanece — e o TSE tem o dever de agir


O TSE não revisa eleitorado para condenar.

Revisa para proteger o processo democrático!

É por isso que, historicamente, o tribunal determina revisões mesmo quando:


  • não há responsáveis identificados,
  • não existem condenações,
  • ações eleitorais foram julgadas improcedentes.


Porque o foco é sanear e não punir. E Mangaratiba se enquadra perfeitamente nesse modelo.


🗳️ 2028 não pode ser decidida por um eleitorado fictício


A eleição municipal de 2028 poderá ser uma das mais importantes da história recente da cidade e poderá representar uma renovação.


E há apenas dois cenários possíveis:


❌ Sem revisão

  • o eleitorado seguirá inflado;
  • o quociente eleitoral continuará artificial;
  • candidatos comunitários serão novamente esmagados;
  • e o resultado nascerá sob suspeita.


✔ Com revisão

  • cada voto local recupera seu valor;
  • candidatos orgânicos têm chance real;
  • o pleito ganha legitimidade;
  • e Mangaratiba volta a escolher seu futuro de forma soberana.


Conclusão: a revisão é necessária porque a cidade merece uma eleição justa — independentemente de quem seja culpado


Mangaratiba não pode ser refém de distorções estatísticas, de números que não batem e de um cadastro eleitoral que não representa seu povo.


Caso haja culpados, a Justiça que os julgue. E, particularmente, tenho uma convicção íntima de que a ação movida contra os dois integrantes da chapa vencedora será considerada improcedente, mas isso não vem ao caso.


Desse modo, mesmo se não houver nenhum condenado, o dever da Justiça Eleitoral continua existindo da mesma forma: sanear o cadastro, corrigir a distorção e garantir que a eleição de 2028 seja a mais legítima possível.


Quem ama Mangaratiba, quem respeita a democracia local, quem acredita que o voto do morador real deve valer mais do que qualquer arranjo artificial, sabe:


👉 A revisão do eleitorado não é uma escolha. É uma necessidade.


E quanto antes ela vier, melhor para os candidatos orgânicos, melhor para a cidade, melhor para a democracia.

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