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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Os trilhos ainda estão aqui!




Neste último final de semana do inverno, eu estava lendo uma postagem na página Ferrovias do Rio de Janeiro de todos os tempos, de 30/06/2020, com uma foto de Edson Vander Teixeira mostrando a antiga Estação Ferroviária de Muriqui em lamentável estado de abandono na década de 80. A publicação da imagem foi seguida de um texto de  Hélio Suelvo, com base na pesquisa de Guaraci Rosa:


"Inaugurada em 7 de novembro de 1914, era localizada entre a praia e uma encosta elevada, vale lembrar que o nome Muriqui deveu-se a grande quantidade de uma espécie de macacos conhecidos como "muriquis" que existiam em grande quantidade nesta região, originando assim o nome de um dos distritos de Mangaratiba. A foto mostra a estação já abandonada nos anos de 1980, hoje ela já não existe mais."


Fato é que não ter o Município preservado a antiga estação de Muriqui foi um grave erro histórico! 


No entanto, penso que o transporte ferroviário de passageiros, nem que fosse para fins turísticos e de lazer, deveria ser reativado na nossa região. E proponho isso mesmo que não se recupere mais os antigos trilhos no extinto trecho entre a Enseada de Santo Antonio e Mangaratiba, passando por Junqueira, tendo em vista o alto custo de remoção das novas edificações. 


A meu ver, poderíamos contar com um passeio até Guaíba e fazer do terminal usado pela MBR um ponto turístico assim como as demais partes da ilha que poderiam ser percorridas através de uma trilha. 


Tal como o trenzinho do Corcovado, no Rio de Janeiro, o qual leva o viajante de Cosme Velho até o monumento do "Cristo Redentor", a Costa Verde ofereceria uma opção de passeio semelhante partindo de Itacuruçá até Guaíba, com paradas em cada estação para embarque e desembarque. 


Sem dúvida, parece um sonho. Porém, nada que seja impossível de ser realizado. Pois, afinal, o que impede uma proposta dessas de acontecer é a falta de vontade política dos governantes e da própria Vale, dona da MBR, em abrir de seu uso exclusivo da ferrovia para fins comerciais. 


Todavia, se a Ilha de Guaíba tem suas belezas encantadoras, se ainda sobrou algo de outras estações e, se nos restou um pouco de beleza nos distritos, cada local abrangido pela linha férrea poderia, perfeitamente, ser incluído num futuro projeto de turismo histórico que, por sua vez, iria gerar oportunidades de emprego e de renda para a nossa população não depender apenas de empregos criados na Prefeitura. 


Enfim, não custa acreditar! Ainda mais sendo algo tão acessível e que tem dado certo em diversas regiões do país a exemplo do Trem Turístico Rio Minas e que deverá percorrer um trajeto de 168 km entre Três Rios e Cataguases, passando por outras cidades, entre elas: Sapucaia, Chiador, Além Paraíba, Volta Grande, Palma, Recreio e Leopoldina.


Certamente, os tempos não voltam mais e as estações demolidas podem ser reconstruídas com modernidade e preservação da memória do passado. Porém, penso que algo do que sobrou ainda possa ser reaproveitado, misturando o novo com o moderno. Afinal, os trilhos ainda passam por aqui e continuam sendo utilizados pela MRS Logística, outra subsidiária da Vale...


Ótima semana a todos!

2 comentários:

  1. Olá, Rodrigo!

    Como vai? E Núbia?

    Por aqui, mto trabalho na escola, muita confusão e também mto receio, mas, há que continuar.

    Acho o transporte ferroviário mto agradável e útil. Você tem razão no seu texto. Há que reaproveitar o antigo e juntar o moderno. O turismo é importantíssimo em qualquer país. Excelentes ideias apresentadas.

    Muito obrigada pelo seu comentário no blog da Gracita, aquando da minha participação no "Café Poético".

    Beijos para ambos e risonha primavera.

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    1. Oi , CEU.

      Vamos bem. E, atualmente, no aguardo do início da propaganda política que se inicia domingo.

      Por aqui, não haverá aulas este ano nas escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro, mas outras unidades federativas já estão retornando. Todavia, acho isso bem preocupante.

      Desejo sucesso em seus escritos no Café Poético.

      Forte abraço e tudo de bom

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