"O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e granizo e fogo misturado com sangue foram lançados sobre a terra. Foi queimado um terço da terra, um terço das árvores e toda a relva verde. O segundo anjo tocou a sua trombeta, e algo como um grande monte em chamas foi lançado ao mar. Um terço do mar transformou-se em sangue, morreu um terço das criaturas do mar e foi destruído um terço das embarcações. O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, queimando como tocha, sobre um terço dos rios e das fontes de águas; o nome da estrela é Absinto. Tornou-se amargo um terço das águas, e muitos morreram pela ação das águas que se tornaram amargas. O quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferido um terço do sol, um terço da lua e um terço das estrelas, de forma que um terço deles escureceu. Um terço do dia ficou sem luz, e também um terço da noite." (Apocalipse 8.7-12; Nova Versão Internacional - NVI)
Se estas profecias das quatro primeiras trombetas já se cumpriram, estão se cumprindo, vão se cumprir ou são meramente simbólicas, não tenho condições de responder. Mas o certo é que a passagem encontrada no livro do Apocalipse serve para ilustrar a atual condição ambiental do planeta.
Caso venhamos a admitir que tais profecias tenham se cumprido (ou estão se cumprindo), então é a própria mão do homem que danifica a natureza. Ou seja, a humanidade está preparando sua própria cova!
Há cristãos que não ligam para o discurso ambiental. Acham que devem apenas aguardar o mundo vindouro aceitando passivamente as catástrofes ecológicas como um julgamento divino, mas se esquecem que, enquanto vivemos aqui precisamos cuidar do planeta pensando não só em nós mas também nas futuras gerações. Logo, não temos o direito de destruir e precisamos aprender a nos utilizarmos dos recursos naturais com responsabilidade.
Suponhamos que Deus tenha escolhido que o fim do mundo se dará através de uma tragédia ambiental provocada pelo homem. Bem, neste caso, não quero ser o agente causador do mal. Pois, mesmo que a história tenha sido traçada de uma maneira, ai daqueles que se prestarem para tal fim. Serão instrumentos do juízo divino e depois serão julgados.
Neste sentido, as igrejas têm um papel fundamental na conscientização. Devem os pastores, padres, diáconos, professores de escola bíblica e demais lideranças contribuírem para que o povo de Deus assuma posições. Seja nos hábitos pessoais ou perante a própria comunidade, reivindicando mais qualidade de vida, protestando contra atos destrutivos em relação à natureza e educando seus filhos.
Leonardo Boff, autor da Teoria da Libertação e ex-frei católico, prega que o ser humano precisa incorporar uma nova visão sobre o planeta, levando em conta que não é habitante exclusivo do mundo em que vive. Segundo ele, "não temos o monopólio sobre a biosfera, aqui vivem plantas e animais, há o solo. Respeitar tudo isso chama-se desenvolvimento sustentável".
Quando é que alcançaremos tal consciência? Não vejo outra maneira mais profunda de despertá-la senão pelo desenvolvimento da espiritualidade.
A seguir compartilho um vídeo extraído o Youtube que foi compartilhado pelo seu próprio criador. Ad imagens ajudam a formar o atual diagnóstico do nosso tão ferido planetinha.
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