O último dia de junho trouxe um triste resultado para a França e para o mundo em que o Partido Reunião Nacional (RN), da líder de extrema direita Marine Le Pen, obteve 33% dos votos, segundo o Ministério do Interior francês, enquanto o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu somente 20%.
De acordo com a agência de notícias Reuters, a Nova Frente Popular, de esquerda, ficou com 28% dos votos, o que também não é muito desejável porque sinaliza uma outra tendência do eleitorado ao extremo numa direção contrária. Porém, antes mesmo da divulgação dos resultados, Macron sugeriu uma aliança ampla entre "candidatos republicanos e democráticos" para o segundo turno das eleições, que acontecem em 7 de julho, o que acende uma esperança.
Acredito que não será dessa vez que a extrema direita conseguirá governar uma das maiores democracias da Europa. Contudo, a votação do domingo mostrou que o país está polarizado, sendo evidente que os franceses precisarão mesmo é de uma coalizão para que haja qualquer tipo de governo.
Tempos difíceis em pleno século XXI em que a estupidez se prolifera na política, apesar de pautas tão urgentes como o aquecimento global e a necessidade de restabelecer a paz em várias regiões do mundo, evitando a escalada desses conflitos.
Sejamos resilientes! Viva a democracia!
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"Resisti" por quê? Aliança com os "democráticos"? Não foram eleitos democraticamente, tanto a direita quanto a esquerda? A verdade é que a Europa passa por uma crise de identidade e a esquerda não sabe o que fazer, ou pior, trabalha ainda mais para essa crise de identidade. A direita propõe soluções que podem gerar grandes conflitos civis. O que fazer?
ResponderExcluirResistir porque a extrema direita é retrógrada, não respeita direitos humanos, costuma ser negacionista, age com intolerância contra imigrantes em seu país, flerta com o racismo, com o antissemitismo, com a homofobia, com as 'fake news', e distorce a História indo contra os direitos arduamente conquistados pelo trabalhador. Além do mais, ignora as mudanças climáticas! Podem ter sido democraticamente eles como o Hitler também foi na Alemanha em 1932, porém o que desejam é implantar a ditadura, limitar a liberdade política e perseguir opositores.
ExcluirSobre a crise de identidade, realmente concordo e já há um distanciamento dos horrores da Segunda Guerra que faz as gerações do presente esquecerem do passado. Todavia, a extrema direita não possui soluções. Ela é enganosa e segue na contramão da História de modo que vai mesmo aumentar os conflitos ao invés de apaziguá-los já que o seu interesse é gerar uma ruptura tanto no Estado democrático quanto na ordem global.
Diante disso, resta unir as forças do campo democrático (os que querem preservar a democracia) para não permitir que um governo de extrema direita se estabeleça. Daí os parlamentares socialistas, sociais democratas, liberais e conservadores estarem se unindo nas democracias europeias para que a extrema direita continue isolada.