Há exatos 216 anos, mais precisamente em 1º de junho de 1808, começava a circular o primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense ou Armazem Literário, porém publicado em Londres, Inglaterra.
Foram ao todo impressos 175 números até 1º de dezembro de de 1822, agrupados em 29 volumes, editados durante 14 anos e 7 meses, ininterruptamente, com marcante pontualidade. O periódico era dividido em quatro segmentos: (i) Política: com a transcrição de documentos oficiais acerca dos negócios nacionais e estrangeiros; essa era, sem dúvida, a seção mais destacada do jornal; (ii) Comércio e Artes: contendo as publicações referentes ao comércio nacional e internacional. Hipólito sempre teve interesse com assuntos de Economia Política; (iii) Literatura e Ciências: com as informações de novas publicações na Inglaterra e Portugal, transcrições de obras científicas ou literárias, com respectivos comentários; (iv) Ciências e Miscelânea:, como o nome indica, assuntos diversos, novidades do Brasil e Portugal e temas polêmicos.
Através desse veículo, remetido clandestinamente para o Brasil, o jornalista, maçom e diplomata brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça (1774 - 1823) defendia ideias liberais como a de uma monarquia constitucional e o fim da escravidão, dando ampla cobertura à Revolução Pernambucana de 1817 e aos acontecimentos de 1821 e de 1822 que conduziriam à Independência do Brasil.
O desconforto causado à Coroa Portuguesa pela publicação do periódico levou a que a mesma patrocinasse, à época, também em Londres, a publicação de O Investigador Portuguez em Inglaterra, visando diminuir sua influência.
Hipólito da Costa, para quem não sabe, é considerado o patrono da imprensa brasileira.
Um feliz Dia da Imprensa a tod@s!
OBS: A imagem do quadro acima refere-se a uma obra de autoria anônima e pertencente ao Acervo Artístico do Ministério das Relações Exteriores - Palácio Itamaraty.
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