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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Calamidade nacional na Filipinas



Devido à devastação causada pelo supertufão Haiyan, que castigou o arquipélago das Filipinas nesta última sexta-feira (08/11), o presidente Benigno Aquino decretou estado de calamidade em todo o país. De acordo com as autoridades locais, estima-se que dez mil pessoas possam ter morrido! Segundo as Nações Unidas, centenas de corpos foram depositados em uma vala comum em Tacloban, capital da ilha/província de Leyte. Vilarejos inteiros foram arrasados. Informou a imprensa que:

"(...) Mais de 600 mil pessoas ficaram desabrigadas por causa da tempestade no país todo, e algumas delas não têm acesso a água, comida ou alimentos, segundo a ONU. Devastada por ondas enormes e por ventos de até 378 km/h, Tacloban recebe mantimentos e retira vítimas quase que exclusivamente por meio de três aviões militares que estabeleceram uma ponte aérea com a cidade de Cebu, próxima dali. Nos portões do aeroporto local, dezenas de moradores imploravam por socorro. "Ajudem-nos, ajudem-nos. Onde está o presidente (Benigno) Aquino? Precisamos de água, estamos com muita sede", gritava uma mulher. "Quando vocês vão retirar os corpos das ruas?" O descontrole e os saques se tornaram algo contínuo na cidade, na qual a imprensa local chegou a relatar um ataque a um comboio da Cruz Vermelha que trazia mantimentos (...)" - fonte portal do G1

Há quase três anos atrás, quando ainda residia na Região Serrana do Rio de Janeiro, fui testemunha dos resultados de uma terrível chuva em minha cidade, conforme cheguei a postar na época aqui no blogue (ler artigo Um dia trágico na história de Nova Friburgo, de 15/01/2011). Mas este tufão nas Filipinas foi algo, no mínimo, dez vezes pior. Uma coisa apocalíptica!

Inegavelmente fenômenos deste tipo estão diretamente ligados à aceleração do efeito estufa que, por sua vez, relacionam-se com a ação danosa do homem sobre o meio ambiente. Principalmente nos países ricos e aqueles considerados em "desenvolvimento" (o Brasil hoje não escapa mais de sua responsabilidade ambiental). Contudo, são as nações mais pobres as que mais sofrem. Pois, se compararmos a Filipinas com a enchente de Nova Orleans, o Katrina não deixou tantas mortes quando passou por lá no final de agosto de 2005.

A meu ver, qualquer ajuda humanitária dos países ricos à Filipinas seria insuficiente para compensar o seu povo dessa catástrofe. Chega a ser até uma hipocrisia tendo em vista que as causas do desequilíbrio climático mundial continuam e tendem a piorar cada vez mais. Logo, os países industrializados precisam parar imediatamente com essas vergonhosas emissões de CO². Basta! Não dá para esperar mais!

Um comentário:

  1. O chefe da delegação filipina na COP-19, Naderev Yab Saño, disse que aqueles que continuam negando e ignorando a realidade das mudanças climáticas, deveriam ir para as ilhas do Pacífico para enxergar os impactos do aumento do nível do mar e também para o Ártico para ver que o gelo derrete cada vez mais rápido.

    Se quisermos evitar mais catástrofes, precisamos agir imediatamente!

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