"O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Aí sim, você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou. "Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar; se com renúncia própria você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia" (Isaías 58: 6-10; NVI)
Sinceramente, já não acredito mais em rituais vazios que estejam desprovidos do principal que é a atitude. Há cerca de uma década que já venho desconstruindo essa religiosidade hipócrita atrás da qual muitos tentam se esconder.
Olhando para o que fazem os nossos (des)governantes, incluindo-se aí o atual presidente da República, observo uma verdadeira contradição entre aquilo que pregam em relação às suas práticas como homens públicos. Desde meados de 2016 para cá, só temos visto injustiças contra os menos favorecidos, com a aprovação de leis, emendas e decretos que cada vez mais prejudicam o pobre.
Segundo comentou recentemente a pastora luterana Romi Márcia Bencke, secretária geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC),
"a melhor prática de jejum é o cuidado com outro. Neste finalzinho de quaresma, precisamos abrir mão dos individualismos e do desejo de poder. Jejum não é sacrifício, mas é ação em oração (...) Em um estado laico, não é papel do presidente da República convocar jejum e oração. A tarefa do presidente é seguir a Constituição, colocar toda a sua energia para resolver junto com os demais poderes instituídos esta crise gigantesca que está instalada no país" - destaquei
Deste modo, quando o presidente Bolsonaro convocou um jejum para este domingo (05/04) contra o coronavírus, veio logo à minha memória aquela advertência que o profeta Isaías havia feito numa ocasião ao povo de Israel, conforme citado no início dessa postagem...
Um excelente Domingo de Ramos a todos e tenhamos a consciência de que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro onde o verdadeiro valor permanente corresponde ao amor que precisamos ter pelo nosso próximo a ser manifesto pela solidariedade.
Sua postagem serve de alerta a todos os falsos pastores que pregam nas suas igrejas o individualismo e o desejo de poder. Aliados a muitos de nossos governantes esses pastores só vivem a enganar os seus fieis. Que estejamos todos de olhos abertos!
ResponderExcluirCaro amigo, costumo chamar uma determinada bancada na Câmara Federal de "in-vangélica". Não vejo as boas novas que Jesus pregava nas atitudes desses pastores e políticos hipócritas. Antes repetem os fariseus que contendiam com Jesus.
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