Esta quinta-feira (01/06/2017) foi um dia muito triste para a humanidade e para o meio ambiente. Pois foi a data em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a saída de seu país do Acordo de Paris, o qual trata das mudanças climáticas. Sua alegação foi que o atual documento traz desvantagens para os EUA a fim de beneficiar outras nações pelo que prometeu interromper a implementação de tudo o quanto for legalmente possível imediatamente:
"Para cumprir o meu dever solene de proteger os Estados Unidos e os seus cidadãos, os Estados Unidos vão se retirar do acordo climático de Paris, mas iniciam as negociações para voltar a entrar no acordo de Paris ou em uma transação inteiramente nova em termos justos para os Estados Unidos, suas empresas, seus trabalhadores, suas pessoas, seus contribuintes"
Fato é que a saída dos EUA, o segundo maior produtor mundial de gás de efeito estufa, pode enfraquecer o acordo em questão, considerado o primeiro da História em que os 195 países da ONU se comprometem a reduzir suas emissões de CO². E essa retirada dos norte-americanos trouxe uma grande repercussão com o posicionamento contrário de várias lideranças mundiais a exemplo dos europeus Emmanuel Macron, Angela Merkel e Theresa May. Aqui também o Itamaraty e o Ministério do Meio Ambiente do Brasil assim comentaram: "Preocupa-nos o impacto negativo de tal decisão no diálogo e cooperação multilaterais para o enfrentamento de desafios globais".
Ponderando sobre o que considerou o Greenpeace, em que Trump, ao sair do acordo, "transforma EUA de líder do clima a um incessável matador do clima", não dá para esconder o quanto a situação é preocupante. Inclusive porque, como bem comentou o blog de Helio Gurovitz, Trump no portal de notícias G1, a decisão americana poderá instigar diversos outros países a rever sua participação valendo lembrar que, pelas metas estabelecidas, já era incerto o mundo atingir um nível tolerável. Ou seja, mesmo com a redução das emissões, o planeta ainda iria aquecer 3,3 ºC, segundo uma análise do Climate Interactive. Agora, sem os Estados Unidos, esse patamar poderá subir para até 3,6 ºC, caso nada seja feito.
Não é demais ressaltar que um estudo publicado na revista Nature (clique AQUI para ler) previu um cenário futuro em que os problemas climáticos causariam uma queda de 23% na renda média global até 2100, com aumento da desigualdade devido aos impactos na atividade agrícola e na produtividade. E, por sua vez, o Banco Mundial previu há dois anos que, até 2030, mais de 100 milhões de pessoas poderiam voltar à pobreza se nada fosse feito para mitigar as mudanças climáticas.
Como bem colocou o blogueiro do G1, Trump "foi incapaz de ouvir os apelos do planeta", tendo concluído que, "de todas as medidas de seu governo, com exceção de uma possível guerra nuclear, essa é que trará maiores consequências para todos nós". Ou seja, essa saída dos EUA do Acordo de Paris pode ser considerado um grave atentado para a humanidade e para a natureza, piorando mais ainda as condições de existência das futuras gerações.
Torço para que essa decisão seja logo revista e que as pressões internas dentro dos EUA leve Donald Trump a rever os seus jurássicos posicionamentos pelo bem do nosso planeta.
OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos ao Pnuma, conforme extraído de http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/2015/11/pnuma-gestao-apropriada-de-recursos-naturais-no-centro-de-solucoes-climaticas/#.WTDA-ZLyuM8
Olá, Rodrigo!
ResponderExcluirA sociedade americana, pra mim, é esquisita, bizarra e tem coisas, atitudes k minha pobre cabecinha não entende, nem atinge.
Trump pode ser "louco", mas na realidade, ele não é, embora diga coisas, que nos deixam pensado bastante. Putin está do lado dele. esse assunto e decisão terão de ser repensadas, a bem da Humanidade.
Par quem é crente como eu, a Bíblia diz que no final dos tempos mudanças climáticas desastrosas ocorrerão e não só. Tlvez seja o princípio do fim.
Big abraço e tenhamos fé!
Oi, CÉU.
ExcluirAndei lendo sobre essa decisão do Trump e observei que até em termos econômicos, ele pode ter cometido um enorme erro e que poderá isolar o seu país. Até porque o carvão é uma fonte energética cara sendo que as fontes limpas de generação de energia tendem a baratear com um uso de larga escala.
Um dos jornalistas da TV comparou o erro de Trump com um imperador chinês que, em sua época, proibiu seu país depraticar a navegação e o comércio marítimo
Sobre o fim dos tempos, confesso crer mais simbolicamente, mas admito que realmente a nossa espécie tem um alto poder para se auto-destruir e hoje cientistas famosos já manifestaram preocupação quanto a essa possibilidade.
ExcluirOs cataclismas talvez não destruam a espécie, mas vão desorganizar a vida na Terra, prejudicar principalmente os mais pobres, gerar fomes, perdas de biodiversidade, mortes e um número maior de desabrigados (os refugiados do clima). Porém, pode ser que a humanidade com isso aprenda a dar valor ao seu bem de maior valor que é a natureza.