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sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O retorno de Sofia



Desde o começo da semana, tivemos uns dias tristes devido ao desaparecimento da nossa gata de estimação Sofia, a qual está conosco desde o Natal de 2007, quando eu e Núbia morávamos ainda no apartamento alugado da rua Farinha Filho, no Centro da cidade serrana de Nova Friburgo, com cerca de um ano e oito meses de casados.


Em 2011, nos mudamos para o Rio de Janeiro e, meses depois, viemos nos estabelecer na casa que minha avó paterna Darcília residiu em Muriqui, 4º Distrito de Mangaratiba. Aqui, Sofia adaptou-se bem ao quintal e ao espaço mais amplo de uma casa, passando a conviver com outros gatos, embora nem sempre de maneira amistosa. 


Com boa saúde, Sofia foi envelhecendo conosco, sempre mais caseira do que os "amiguinhos" machos, indo, no máximo, até às casas dos vizinhos e na calçada da rua para passear. Só percorria uma distância maior quando resolvia nos seguir, o que não passava de uns dois ou três quarteirões, quando então parava, começava a miar reclamando do nosso distanciamento e dali retornava para casa. Quando notávamos sua ausência, era por algumas horas apenas ou no máximo até o dia seguinte.


No entanto, Sofia havia sumido por muito mais tempo no último final de semana. Momentos antes, eu havia acompanhado Núbia até à casa da mãe dela de noite e, quando retornei, a gata já não estava mais por perto. No dia seguinte, ela não apareceu e nem a vizinha do lado, que também cria animais, soube do seu paradeiro.


Preocupada, Núbia divulgou postagens sobre o sumiço da gata em seu perfil no sítio de relacionamentos Facebook com fotos da Sofia e um vídeo, tendo enviado o link da publicação para outros internautas em grupos do WhatsApp. Porém, ninguém se manifestou com informações do possível paradeiro do animal.


No entanto, no final da noite de ontem, às vésperas do Dia Internacional dos Direitos dos Animais, comemorado em 10 de Dezembro, estando eu na sala a mexer na internet, escutei um miado característico. Pensei até que pudesse ser o Luca que é um dos outros gatos e, por desencargo de consciência, abri a porta para verificar, sem nutrir muitas esperanças.


Para a minha surpresa, era mesmo a Sofia que tinha voltado, o que me deixou muito contente. E, embora Núbia não goste de ser acordada de noite, chamei-a no quarto para lhe dar a boa notícia e ela ficou mais feliz ainda, considerando o fato um milagre.


Sem dúvida, o reaparecimento da gata foi um alívio muito grande pois para mim era angustiante perder um animal, mesmo idoso, sem nem ao mesmo saber do seu paradeiro. Isto porque mesmo se Sofia estivesse com alguma família que cuidasse dela melhor do que a gente, seria um desconforto enorme um bicho de estimação sumir repentinamente.


O que pode ter acontecido por esses dias com a Sofia, se ficou presa em alguma casa, foi roubada e devolvida, ou retornou sozinha de outro lugar para o qual possa ter sido levada, não faço a mínima ideia. Porém, estamos curtindo a sua volta e bem alegres com o acontecimento.

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