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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Um incêndio ameaçador



Estou muito preocupado com a situação de um incêndio que já dura há três dias na região Bananal (município paulista na divisa com o Rio de Janeiro não muito distante daqui de Mangaratiba) e  queameaça a biodiversidade de uma importante unidade de conservação da Mata Atlântica que é o Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB).

Segundo relatou ao portal da notícias G1 a presidente da Associação dos Moradores do Vale da Bocaina (Amovale), Mônica Alvarenga, existe o fundado risco do fogo causar graves danos ambientais:

"Viramos o terceiro dia tentando apagar as chamas. A cidade está tomada por fumaça, moradores das fazendas estão saindo das casas e no centro os moradores também já estão reclamando. A gente não tem brigada de incêndio, o que dificulta muito. Nossa maior tristeza é porque temos muitas nascentes aqui e mata primitiva nunca tocada pelo homem morrendo" - extraído de https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/pelo-terceiro-dia-incendio-atinge-serra-da-bocaina-na-regiao-de-bananal.ghtml

Acontece que o incêndio já destruiu cerca de 600 hectares de campos e de matas dentro do parque, sendo a área total atingida pelas chamas algo em torno de 1.400 hectares. Isto porque há lugares fora da unidade de conservação que também foram devastadas.

Desde o início, as chamas vem sendo combatidas pelos poucos agentes ICMBio, instituição ambiental federal que administra os parques nacionais. Além disso, há cerca de 40 voluntários da região que colaboram com os agentes, mas o fogo continua a consumir a vegetação, sendo também uma ameaça para a Estação Ecológica de Bananal, unidade de conservação da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, com 800 hectares de remanescentes de Mata Atlântica.

Com 104 mil hectares, o PNSB é considerado uma das maiores áreas protegidas da Mata Atlântica, estando localizado num estratégico trecho da Serra do Mar, na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. E, por se estender desde altitudes superiores a 2.000 metros até o nível do mar, a unidade apresenta paisagens diversificadas com enorme riqueza de fauna e flora, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

Infelizmente, como para os próximos dias ainda não há previsão de chuva para essa região, a vigilância ambiental precisará continuar em alerta para combater e prevenir incêndios. E mais do que nunca os governos locais, estaduais e federal precisam se unir contra esse problema devastador.


OBS: Imagem acima divulgação/Amovale.

2 comentários:

  1. Este ano foi catastrófico em Portugal arderam centenas e centenas de casas e morreu muita gente por causa dos incêndios. Foi mesmo um ano devastador. É uma tristeza.

    Bjos

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    Respostas
    1. Bom dia, Larissa.

      Obrigado por sua visita e comentários.

      Lembro das reportagens sobre os incêndios em seu país que, além de devastarem a vegetação, foram trágicos com perdas de vidas.

      Por aqui, a "safra do fogo" não é no verão como em Portugal, mas no final do inverno e início da primavera. É uma época muito dolorosa para a natureza.

      Embora seja um ciclo da natureza, não há como deixar de levar em conta a ação humana piorando o clima.

      Ótimo sábado e tudo de bom.

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