Geralmente as propagandas de conscientização que assistimos nos comerciais da TV durante os dias do Carnaval falam mais sobre os riscos da embriaguez ao volante e da necessidade de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Costumamos ouvir repetidas vezes frases como "use camisinha" ou "se beber, não dirija", mas, dificilmente, a mídia vai dizer algo assim: "você não precisa do álcool para estar alegre" ou "ame a família e preserve o seu casamento".
Nada contra essas campanhas levando-se em conta o fato social já existente. Porém, lamento não assistir a anúncios que, como disse, encorajem as pessoas a manter a integridade e a pureza do matrimônio, bem como se abstenham do consumo excessivo do álcool, droga esta que pode ser considerada como uma das piores por ser lícita e socialmente aceita. E, como sabemos, o Ministério da Saúde ataca o tabagismo mas, infelizmente, continua bem tolerante quanto ao consumo imoderado de bebidas.
Quanto à infidelidade conjugal, pode-se dizer que o pecado do adultério seria uma destrutiva conduta capaz de afetar qualquer família e se tornar um péssimo exemplo para as gerações posteriores. Num período em que a sensualidade é instigada para além das quatro paredes e toma conta dos ambientes públicos, torna-se necessário vigiar, Tanto mulheres quanto homens não devem colocar a perder o puro relacionamento de companheirismo que têm com a pessoa amada por causa de uma "aventura" momentânea. Mesmo se for usando preservativos para se proteger da AIDS e de outras DSTs.
Não radicalizo tanto as coisas a ponto de demonizar o Carnaval. Reconheço até que há uma considerável dose de cultura nas letras de determinadas músicas das escolas de samba assim como percebo algum valor nas expressões de alegria em cada comemoração festiva do povo brasileiro. Aliás, ressalto que o Deus a quem sirvo é um Deus de festas, mas o homem acabou pervertendo o maravilhoso plano de convivência comunitária projeta pelo Criador bendito. Senão vejamos o que diz esta citação bíblica referente ao decadente episódio da adoração do bezerro de ouro pelos israelitas no deserto, o que se encontra no livro de Êxodo, capítulo 32, verso 6:
"(...) e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se"
Conforme coloquei acima, Deus não é contra a diversão, mas o nosso Pai Celestial deseja que façamos tudo de forma harmoniosa e sadia, incluindo-O nos nossos eventos sociais. Tanto é que, na própria Bíblia, há registros sobre celebrações que foram acompanhadas por músicas e danças como houve na travessia do Mar Vermelho bem como séculos depois, quando o rei Davi trouxer a Arca da Aliança para Jerusalém, Aliás, na passagem pelo mar, consta no mesmo livro de Êxodo que Miriã, irmã de Moisés e do sacerdote Arão, reuniu as mulheres do povo e todas comemoraram de um jeito quase brasileiro - dançaram ao som do tamborim (ler Ex 15:20-21).
Finalizo esta postagem ressaltando ser necessário a Igreja influenciar a cultura brasileira fazendo menção dos bons e dos retos valores que achamos na Palavra de Deus já que os governos têm sido omissos a esse respeito. Nem o samba ou o feriado precisam acabar! Todos esses eventos do povo podem se tornar expressões de louvor e de adoração ao Deus Único que vive e reina para sempre. Nas ruas das cidades, ao invés de drogas, bebedeiras, promiscuidade ou violência, que haja a paz do nosso Senhor e Salvador.
OBS: A ilustração acima refere-se à peça da campanha lançada no mês passado pelo Ministério da Saúde voltada para a conscientização quanto ao uso de preservativos no Carnaval de 2014.
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