Mesmo quando não elegemos um político, devemos, sob certo aspecto, torcer para que ele acerte.
Felizmente, hoje vivemos numa democracia, o que é muito melhor do que uma ditadura, ou o absolutismo monárquico anterior à Revolução Francesa. No entanto, sem dispensar o nosso constitucional direito de expressão, conquistado tão duramente, acho interessante esse olhar afetuoso do apóstolo Paulo em sua carta ao discípulo Timóteo, quando o autor pede que fossem feitas nas igrejas súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos, incluindo os governantes:
"Antes de tudo, peço que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade." (1Tm 2:1-2; NVI)
Infelizmente, nesse contexto de ódio que o Brasil tem vivido desde 2018, o que atinge também as eleições municipais de inúmeras cidades, sinto que muitas das vezes as pessoas deixam de exercitar as boas recomendações deixadas por Paulo e que encontram fundamento nas Sagradas Escrituras.
Se analisarmos também fora do contexto religioso, sabemos que, no sistema presidencialista de governo, um político tem o seu período de mandato e que devemos aprender a respeitar o tempo que a legislação lhe concede para administrar um município, um estado ou a nação. Logo, devemos dar a necessária estabilidade política a esse gestor para ele conseguir trabalhar, o que, obviamente, jamais significa que os atos de gestão não devam ser questionados, debatidos, trazidos para uma audiência pública e até impugnados na via judicial, caso sejam ilegais ou abusivos, por exemplo.
Quando o Lula venceu o pleito de 2022, fizeram de tudo para tentar descredibilizar sua legítima vitória nas urnas. No entanto, recordo que havia pessoas se dizendo cristãs indo acampar nas postas de quartéis ou compartilhando áudios de WhatsApp atribuídos ao General Heleno, como se fosse haver alguma intervenção militar no país.
Tá na hora de amadurecermos e participarmos com mais qualidade da vida política! Acho que cristãos não devem se omitir diante das questões que vão sendo pautadas, porém não podemos servir de massa de manobra contra governantes ou políticos que foram eleitos pelo voto popular. Aliás, pedir a Deus para iluminar o nosso Presidente torna-se até um dever ético para aqueles que dizem ter na Bíblia uma bússola de orientação no agitado mar da vida.
Que Deus abençoe o Presidente Lula e o Brasil tenha "uma vida tranquila e pacífica, com toda a piedade e dignidade".
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