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segunda-feira, 29 de maio de 2017

Cidades do Nordeste brasileiro em calamidade pública




Neste domingo (28/05), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou que 13 municípios encontram-se em estado de calamidade pública por conta das fortes chuvas que castigam as regiões do Agreste e Zona da Mata Sul. Tais cidades seriam Rio Formoso, Ribeirão, Água Preta, Palmares, Catende, Maraial, Belém de Maria, Barreiros, Amaraji, Barra de Guabiraba, São Benedito do Sul, Cortês e Jaqueira. Já são 5 mil desabrigados registrados só nessa unidade federativa!

Confesso que até uma amiga que mora lá me informar pelo WhatsApp sobre o que estava acontecendo no seu estado, eu não estava sentindo a dimensão do problema. Era de meu conhecimento que as chuvas fortes estavam há alguns dias castigando Alagoas, incluindo a capital Maceió. Só que, com essas avalanches de notícias sobre corrupção, tratando mais especificamente dos protestos contra o presidente Michel Temer e a propina dada pelo dono da JBS ao senador Aécio Neves, nossos jornais têm tirado a atenção dos telespectadores de outros assuntos igualmente graves. É como se os demais problemas não existissem ou fossem coisas simples.

A meu ver, a nação brasileira não pode perder o seu sentimento de solidariedade que sempre uniu a nossa gente diante dessas calamidades! Recordo que, há seis anos e quatro meses atrás, quando ainda morava na Região Serrana do Rio de Janeiro, presenciei a maior catástrofe climática já vista neste país tal como relatei na postagem Um dia trágico na história de Nova Friburgo, de 15/01/2011. E tendo a mídia feito uma ampla divulgação naqueles dias, trazendo novas notícias a cada momento, eis que ocorreu uma intensa mobilização no Brasil inteiro com pessoas de diversas cidades enviando os seus donativos para nós.

Fato é que, quando essas enchentes acontecem, não somente as pessoas ficam desabrigadas/desalojadas como também passa a faltar água potável, alimentos, remédios, combustíveis, roupas, etc. Isto sem esquecer do aumento da demanda por serviços de saúde, ações de resgate, apoio psicológico aos sobreviventes e aos familiares dos que morreram, e ainda da segurança pública porque algumas pessoas inescrupulosas resolvem praticar saques aos imóveis abandonados aproveitando-se do caos coletivo.

Considero que a nação brasileira tem todo o direito de protestar pedindo a saída de Temer e a punição dos políticos corruptos tal como se fez hoje em Copacabana, no Rio de Janeiro. E bem sei que até as tragédias climáticas poderiam ser menos impactantes caso tivéssemos gestores mais íntegros e competentes nos governos municipais, estaduais e federal que atuassem melhor preventivamente. Só que não podemos esquecer daqueles que estão sofrendo agora sendo que, nessas horas, as cidades atingidas precisam não só de doações como de voluntários. 

Vale divulgar que os produtos de maior necessidade nessas horas geralmente são velas, fósforos, farinha láctea, mamadeiras, fraldas geriátricas, escovas e pastas de dente, gel higienizador, Hypoglós e polvilho antisséptico, sal, farinha de mandioca, pão de forma, leite longa vida, biscoitos, barras de cereais e achocolatados. Já as instituições que cozinham e distribuem quentinhas costumam precisar de temperos, embalagens de alumínio, talheres e copos descartáveis. E, segundo o governador de Pernambuco, todas as cidades que decretaram estado de calamidade devem receber escritório para atendimento e a execução de ações emergenciais.

Que nos preparemos para colaborar!


OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Pei Fon/Secom Maceió, conforme consta em http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-05/temer-vai-sobrevoar-areas-atingidas-pelas-chuvas-em-alagoas

4 comentários:

  1. Bom dia!
    Bom texto escrito por quem sabe. Calamidades não é só no Brasil. infelizmente. O desmazelo é muito, depois só se lembram de Stª Barbara quando troveja. Um ditado muito antigo.Pior que isso são "uns inocentes que sofrem". Convém ajudar, quem puder.
    Se todos colaborarem tornam "o fardo" menos pesado.

    Gostava de o receber no nosso blogue.

    Bjos

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    1. Boa tarde, Larissa.

      Realmente não dá para que a população e governantes se preocupem com as tragédias naturais apenas quando elas ocorrem ou estão próximas de acontecer.

      Reconheço que muitos desses problemas são causados por nós mesmos em termos coletivos porque, apesar de termos ciência e condições técnicas de evitar os danos (ou de melhor convivermos com as instabilidades da natureza), preferimos ignorar. E os anos vão se passando até que uma comunidade é pega de surpresa e um número considerável de vidas pagam caro.

      Realmente a responsabilidade maior é dos governantes, principalmente dos que se mantêm por mais tempo no poder mas se omitem. Porém, a acomodação da população também é muita e contribui porque as pessoas esquecem do perigo e/ou deixam de cobrar providências.

      De qualquer modo, quando a catástrofe ocorre, não há tempo para julgar e avaliar, mas, sim só resta a alternativa dr socorrer os ajudar o nosso próximo, buscando fazer o bem não importa a quem.

      Obrigado, Larissa, por sua visita e comentários. Seja sempre bem vinda ao blog e ótima segunda feira.

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  2. Obrigada Rodrigão pela solidariedade.
    Além dos ladrões que aproveitam a desgraça dos flagelados, comerciantes aumentam os preços de produtos indispensáveis, como a água. Temos também as pessoas que moram em casas sem proteção contra a chuva e suas casas ficam molhadas, criam mofo provocando enfermidades no sistema respiratório. São tantos os males...

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    1. Olá, Guiomar.

      Inicialmente obrigado por sua visita e comentários.

      Realmente ocorre tudo isso que falou e presenciei fatos absurdos em Nova Friburgo, onde morava. Inclusive, um galão de água chegou a ser vendido na época por 40 reais tendo em vista o aumento da demanda dos consumidores porque a cidade ficou dias sem abastecimento de água. Isso sem falar na atitude de algumas autoridades de lá que também atuaram inescrupulosamente quanto ao estoque e distribuição das doações.

      Nessas horas, vejo o quanto o ser humano piora a sua condição é temo que essa falta de visibilidade nos telejornais por causa das notícias envolvendo o Temer agrave a situação.

      Nesse momento, desejo que as igrejas e instituições de caridade consigam se unir formando uma rede social de solidariedade até as coisas por aí se estabilizarem.

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