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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A escola que deu origem à AMAN



Há exatos 214 anos, mais precisamente em 4 de dezembro de 1810, um Decreto do príncipe-regente João Maria de Bragança (futuro Rei Dom João VI de Portugal) criava, no Rio de Janeiro, a Academia Real Militar, atualmente chamada de Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), tendo sucedido a Academia Real de Fortificação, Artilharia e Desenho, situada em Lisboa (1790), e a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, nas dependências da Casa do Trem de Artilharia (atual Museu Histórico Nacional), no Rio de Janeiro (1792). Vale lembrar que, nessa época, o Rio chegou a ser a capital do Reino de Portugal.


Entretanto, as atividades da nova escola só se iniciariam com a sua inauguração em 23 de abril de 1811 e teve como primeiro comandante o então Brigadeiro Inspetor de Artilharia e Fundições Carlos Antônio Napion, atual patrono do Material Bélico do Exército Brasileiro. A instituição teve por objetivo formar a oficialidade das diversas Armas, além de engenheiros, geógrafos e topógrafos. 


Desse modo, eram ministrados os cursos de Cavalaria e Infantaria, ambos com duração de três anos, e o de Engenharia, com duração de seis anos. Neste último, os futuros engenheiros aprendiam Arquitetura Civil, Materiais de Construção, Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, Canais, Diques e Comportas, sendo que, no oitavo ano, era explicada a história militar dos povos. 


Em 1812, a Academia foi transferida para novas instalações, no Largo de São Francisco de Paula, no edifício em que atualmente funciona o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É o que podemos observar na foto acima, provavelmente da década de 1860, de autoria do fotógrafo suíço-brasileiro George Leuzinger  (1813–1892).

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