A incomum falta de chuvas que tem ocorrido no verão deste ano no Sul e no Sudeste do país chega a lembrar as pragas do Egito narradas no livro bíblico de Êxodo. Nunca sofri tanto com o calorão e a pouca quantidade de água a ponto de precisar encher baldes e lavar as panelas de madrugada por causa do abastecimento que, neste mês de fevereiro, tornou-se precário aqui em minha localidade litorânea.
No entanto, tudo isso até que tem sido pouco perto dos graves problemas enfrentados pela agricultura e pelo setor elétrico em outros lugares situados no interior brasileiro. Com os reservatórios quase vazios, o governo precisou acionar as poluentes usinas térmicas, o que, certamente, encarece a geração de energia afetando também os custos de produção da indústria.
Não é descartável que, no decorrer do ano, devido à perda de safras importantes nesta época, os preços dos alimentos tornem-se mais elevados e as exportações sofram prejuízos incalculáveis. Algo que, se somado à fuga de investimentos financeiros para os Estados Unidos e às questões políticas, reduz em muito as nossas expectativas de crescimento para 2014.
Não sabemos se essa falta de água conseguirá ser compensada nas próximas semanas ou meses pois a tendência natural é que chova cada vez menos daqui para frente até terminar o período seco do inverno. E, se a estiagem do meio do ano for prolongada, aí poderemos correr um sério risco de colapso.
Todos esses fatos devem servir para refletirmos acerca da danosa ação do homem sobre o meio ambiente, um problema que não deixa de ser de ordem ética. Estamos destruindo o planeta e, consequentemente, a nós mesmos. A natureza hoje agoniza e necessitamos nos conscientizar disso dando um basta em tal comportamento afim de que as coisas não piorem ainda mais.
OBS: Foto acima extraída de uma matéria da Agência Brasil conforme consta em http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2013-10-25/mudancas-climaticas-podem-causar-perdas-de-r-74-bilhoes-para-agricultura-diz-relatorio
Os dias ensolarados de janeiro até que ajudaram o meu trabalho com os sorvetes mas, no final do mês passado, a praia de daqui foi se esvaziando mesmo com o calorão. O problema da água expulsou muitos turistas de Mangaratiba e de outras cidades balneário de modo que o movimento de fevereiro tem sido muito fraco. Vieram as chuvas no meio deste mês e, por uns dias, tornou a cair água em minha caixa, mas agora já estou tendo novamente que ficar enchendo baldes. Não sei o caos que poderá ser durante o Carnaval devido ao aumento da população e do consumo de água. Ontem, quando minha esposa foi se banhar na cachoeira de Muriqui, havia muito pouca água se comparada ao volume normal do rio. Enfim, vivemos uma situação que realmente preocupa e que se agrava pelo uso irracional de um recurso finito na natureza, apesar de renovável.
ResponderExcluir