Houve uma época em que havia mais cultura no Rio de Janeiro, antes que as subculturas do funk e do evangelicalismo dominassem a cidade, como foi ocorrendo visivelmente nas últimas três décadas.
Pesquisando sobre personalidades que fariam aniversário neste segundo dia do mês de janeiro, caso estivessem ainda entre nós, descobri que, há exatos 166 anos, nascia em Lençóis o militar, jornalista, cronista, humorista e dramaturgo Urbano Duarte de Oliveira (1855 — 10 de fevereiro de 1902), um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras (Cadeira número 12).
Urbano fez parte do grupo boêmio de Olavo Bilac e, durante mais de 20 anos, colaborou em órgãos da imprensa da época, como a Gazeta Literária, O Paiz, Correio do Povo (com Alcindo Guanabara, Artur Azevedo e Alfredo Madureira), Gazetinha e Jornal do Commercio, tendo se destacado como um dos maiores cronistas humorísticos na imprensa do Rio de Janeiro e também no teatro, deixando-nos, entre outras, as seguintes obras:
- O anjo da vingança, drama, com Artur Azevedo (1882);
- A princesa Trebizon, ópera burlesca em 3 atos, tradução de parceria com Azevedo Coutinho e música de Offenbach (1883);
- O escravocrata, drama em 3 atos, com Artur Azevedo (1884);
- Os gatunos, comédia em 1 ato (1884);
- Humorismo, reunião de crônicas, com o pseudônimo J. Guerra (1895).
Infelizmente, a maior parte de seus artigos publicados em revistas e jornais não foram reunidos em livros, o que acaba sendo uma grande perda para a cultura literária, a qual os poucos hoje ainda apreciam.
Apesar de tudo, ainda acredito que a digitalização dos antigos jornais e revistas que circulavam nos séculos passados poderão servir de fonte para pesquisas quando a humanidade renascer dessa terrível Idade das Trevas Tecnológica que atravessamos desde a criação da TV. Só espero que não demoremos muito.
Feliz 2021 a todos!
OBS: Informações obtidas na Wikipédia e imagem extraída do portal da Academia Brasileira de Letras, em https://www.academia.org.br/academicos/urbano-duarte
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