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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Que seja o Natal da esperança!



"Vamos juntos, com coragem, atravessar esse momento desafiador da nossa história, fortalecidos pela celebração do nascimento de Jesus" (Dom Walmor Oliveira de Azevedo)


Possivelmente esse é o primeiro Natal em que uma grande parte da humanidade passará isolada sem poder desfrutar da companhia de seus familiares e das pessoas mais próximas em seus respectivos círculos de convivência.


Certo é que para muitos, antes de se ouvir falar na terrível pandemia que assola o planeta, as reuniões natalinas estavam se tornando aborrecidas. A obrigação moral de se encontrar com os parentes nessa época do ano já era para alguns um fardo pesado de se carregar uma vez que nem sempre o convívio com pais, irmãos, sogros e cunhados, embora esporádico, fosse algo espontaneamente desejado, não sendo raros os relatos dos que chegavam a se sentir emocionalmente aliviados após o término da ceia natalina.


Inegável que a pandemia nos fez revalorizar as coisas que muitos não conseguiam admitir que já desprezavam em seus corações, visto que passamos a ter consciência daquilo que poderíamos nunca mais viver e que, ainda hoje, mantemos a expectativa de recuperar no aguardo de uma vacina eficaz. 


Todavia, quer seja a CoronaVac a solução ou não das nossas vidas, jamais deixaremos de ser movidos pela esperança.


Em minha postagem de 22/11, Que tal enfeitarmos a cidade e as nossas casas para o Natal?!, citei as boas novas de alegria dadas pelo anjo aos pastores da Judeia sobre o nascimento do menino Jesus. Tais palavras iluminaram de esperança os corações de um povo pobre, humilhado pela dominação estrangeira e que, talvez, já nem deveria comemorar com tanta alegria as suas festas nacionais. 


Assim, num dia comum para esse povo, nasceu-lhes Jesus, vindo ao mundo numa simples manjedoura onde apenas os humildes homens do campo foram convidados a comparecer pelos mensageiros celestiais. E, certamente, aquele foi um acontecimento inesperado que lhes proporcionou um imenso júbilo.


Igualmente, porém sem alimentar falsas ilusões, acredito que um dia, em nosso breve futuro, notaremos que esse grave problema global estará chegando ao fim e poderemos retornar à verdadeira normalidade. Por isso, não deixo de dar a devida significação ao Natal mesmo nesses tempos sombrios de isolamento, embora se trate de uma medida draconiana necessária para nos proteger.


Deste modo, aceitar e obedecer as autoridades sanitárias serão atitudes benéficas que pouparão vidas, mesmo que não façamos parte do chamado "grupo de risco". Pois, ainda que nenhum ente de nossas famílias sofra com o coronavírus, podemos, nesse momento tão difícil, evitar o adoecimento de alguém na casa dos nossos amigos, vizinhos e colegas de trabalho.


Portanto, celebremos o Natal da maneira como podemos estar vivendo hoje e sem nos abatermos ou desanimarmos. Afinal, não há dor que dure para sempre e a pandemia um dia vai ter que acabar.



Um feliz Natal a todos! 

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