Não vejo muito sentido em simplesmente publicar no meu blog notícias que circulam na mídia sem ao menos emitir um comentário a respeito do tema. Do contrário para que colocar no ar uma matéria que já está sendo divulgada nos jornais e outros sites que podem ser visualizadas pelo Google, não é mesmo?
Hoje, navegando pelo blog "Esboçando Ideias", que traz textos próprios, vídeos e matérias sobre o mundo cristão, deparei-me com um tópico entitulado "Pastor assume que é gay perante os fiéis durante o culto", questão que atualmente vem sendo alvo de grandes polêmicas nas igrejas norte-americanas.
Penso que há uma diferença entre alguém compreender a sua condição de homossexual e praticar o homossexualismo. O reverendo Caio Fábio tem um vídeo que explica muito bem isto (ainda podem ser encontradas versões antigas no Youtube):
http://www.youtube.com/watch?v=Q-FWxg3v8cU
A meu ver, o fato de um homem sentir atração sexual por outro homem, ou uma mulher ter desejos por outra mulher, deve ser encarado como um problema que tais pessoas enfrentam em suas caminhadas com Cristo. E, se o problema é trazido para a luz, Deus tem poder para tratar da maneira como Ele quer.
Ora, se a pessoa esconde seu problema, ou toma uma posição de defender a prática do homossexualismo como algo correto, mesmo contrariando a Palavra, significa escolher as trevas e querer fazer de Deus um mentiroso.
Sobre o caso do pastor Jim Swilley, que poderá ser lido na matéria a seguir transcrita, pareceu-me que o texto não fala suficientemente a seu respeito (se ele pratica atos homossexuais ou não ou se ele apenas assumiu a sua condição). De qualquer maneira, admiro a coragem daquele homem em ter ter trazido para a luz o seu problema, no sentido de ter confessado publicamente diante da congregação a sua condição e estar preocupado com a situação de jovens homossexuais que, embora dentro das igrejas, estão pensando em cometer suicídio.
Igualmente penso que devemos formar um ambiente seguro de confiança dentro das nossas congregações para que as pessoas hoje em dificuldades nesta área possam pedir socorro. E como tem gente se auto-excluindo das igrejas por causa disto e de outros pecados relacionados à área sexual!!!
Precisamos amar estes irmãos e tratá-los sem preconceitos. São gente como nós, que sofrem, que têm alegria, que se sentem bem em cantar hinos de louvor e adorar a Deus quando estão conosco. Precisamos aprender a ouvi-los ao invés de pré-julgá-los supondo arrogantemente não serem pessoas convertidas, que não se libertaram, etc.
Vamos por fim a esta hipocrisia, irmãos, e parar de jogar pedra em quem de fato está disposto a se tratar ao invés de jogarmos pedras (vejam o texto do Evangelho de João 8.2-11).
Minha preferência sexual é por mulheres, mas não é por isto que me considero melhor espiritualmente do que os homossexuais (para Deus todos são pecadores caídos). Vivi 12 anos desviado e, quando me afastei da frequência dos cultos (1993), eu já estava ajudando o professor da escola dominical da Primeira Igreja Batista em Juiz de Fora. Sofri muito por não ter procurado ajuda, por ter guardado para mim os meus dramas relacionados à fé e aos desejos sexuais. Só que, graças a Deus, Jesus não se esqueceu de mim e mandou que seus anjos (mensageiros) me resgatassem daquela vida sem comunhão a ovelha perdida que havia se desgarrado das noventa e nove.
Deus nos dá o livre arbítrio para escrevermos nossa própria história (escrevi sobre isto mais cedo). Seja a homossexualidade, ou qualquer outra dificuldade, deve-se usar da fé pra que não sejamos controlados por nenhuma situação.
Leiam a reportagem e fiquem livres para emitir a opinião de vocês:
O pastor americano Jim Swilley (51) surpreendeu recentemente os milhares de fiéis da megaigreja Church in the Now, que ele fundou um quarto de século atrás em Atlanta, Geórgia. Pai de quatro filhos e recém divorciado, depois de 21 anos de casamento, ele anunciou durante um sermão no mês passado: “Existem duas coisas em minha vida de que tenho certeza absoluta. Eu não pedi por nenhuma delas. Ambas me foram impostas. Não tenho como controlá-las. Uma é o chamado de Deus na minha vida. A outra é a minha orientação sexual”.
Jim Swilley decidiu assumir sua condição de homossexual em frente a toda a congregação. Disse que já havia conversado com a família, que o apóia, e que Debbie, sua ex-esposa e também pastora da igreja, sempre soube disso. Swilley afirma que sabe que é gay desde a infância e tentou esconder o quanto pôde. Porém, precisava ser sincero com o que ele está vivendo, que a mensagem que prega é “Deus o ama como você é”. Afirma ainda que se a maioria dos membros da igreja saírem, ele começará tudo de novo.
Ele tomou esta decisão depois de ouvir as histórias dos jovens gays americanos que cometeram suicídio recentemente. Swilley assegurou aos fiéis da sua igreja que ser gay não é uma escolha, mas uma condição. Depois, em entrevista à TV WS de Atlanta, declarou: “Sendo pai, penso no que significa ver seu filho de 16, 17 anos se matando. Pensei que deveria dizer algo. Sei de todas as coisas odiosas que estão escrevendo sobre mim, mas não importa. Pensar que pude salvar um adolescente, sim, vou arriscar minha reputação por isso”. Sua expectativa é que assumir publicamente sua condição ajude a diminuir o preconceito contra os homossexuais dentro da igreja.
Recentemente, outro pastor de uma megaigreja também no Estado da Geórgia, Eddie Long, foi acusado por três rapazes de sua igreja: Anthony Flagg (21 anos), Maurice Robinsosn (20) e Jamal Parris (23), de terem sido coagidos por eles a ter relações sexuais.
Long está à frente da igreja New Birth Missionary desde que era uma congregação de cerca de 300 pessoas, em 1987. Atualmente, conta com mais de 25.000 membros. Ele nega os relatos de que teria usado a autoridade para coagi-los quando eram adolescentes. Agora, eles pedem indenização, mas ainda não foram especificados os valores. O processo ainda está em andamento. Na primeira audiência ele rejeitou todas as acusações e que os presentes que deu aos jovens e as viagens faziam parte de um projeto de mentoreamento da igreja. O fato de eles terem dormido no mesmo quarto nessas viagens nunca foi um problema.
“Long desmente veementemente as acusações, afirmando que não têm sentido”, disse seu porta-voz Art Franklin à rede de TV CNN. “Eu nunca em minha vida disse que era um homem perfeito. Mas eu não sou o homem que estão descrevendo na televisão,” disse ele à sua congregação. “Esse não sou eu”.
No mês passado, vazaram na internet fotos do pastor Long em poses consideradas “comprometedoras”, tiradas com seu próprio celular (abaixo) em frente ao espelho, o que reacendeu a discussão. De maneira especial porque o pastor Long ficou conhecido por seus discursos na TV pró-família e de combate ao homossexualismo.
Os casos de Jim Swilley e Eddie Long acendem o antigo debate sobre a relação da igreja com seus membros, e agora também sacerdotes, homossexuais. Uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisas da Religião Pública e do Instituto de Notícias Religiosas indicou que, entre os americanos entrevistados em outubro
44% acreditam que o relacionamento homossexual é errado
40% acreditam que a mensagem da igreja da igreja sobre os homossexuais é negativa
40% acreditam que essa mensagem contribui “muito” para uma percepção negativa dos homossexuais
1/3 acredita que, em parte, a mensagem da igreja contribuiu “muito” para a onda de suicídios de adolescentes gays
1/3 acredita que, em parte, a mensagem da igreja contribuiu “um pouco” para a onda de suicídios de adolescentes gays
20% acham que a mensagem da igreja não contribuiu “em nada”
28% acreditam que sua igreja lida bem com a questão gay
5% acreditam que a igreja em geral lida bem com a questão gay
Considerando que historicamente a posição da igreja cristã sempre foi contrária a essa prática e a imagem negativa que isso tem gerado, resta saber como a questão continuará sendo debatida.
Fonte: Advocate, ABC, O Globo, USA Today e CNN / Gospel+
Via: Pavablog
Extraído de: http://www.esbocandoideias.com/2010/11/pastor-assume-perante-fieis-que-e-gay.html#comment-form#ixzz2jOhbur00
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