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quarta-feira, 19 de julho de 2023

O feminismo começou numa igreja...




Há exatos 175 anos, mais precisamente em 19 de julho de 1848, tinha início uma convenção de dois dias sobre os direitos da mulher numa igreja de confissão metodista, em Seneca Falls, Nova Iorque. As organizadoras desse evento histórico foram as ativistas Lucretia Mott e Elizabeth Cady Stanton. 


Do encontro resultou a publicação da famosa "Declaração de Seneca Falls", ou a "Declaração de Sentimentos", como elas a chamaram. Tratou-se de um documento baseado na Declaração de Independência dos Estados Unidos, no qual foram denunciadas as restrições, sobretudo no campo da política, às quais estavam submetidas as mulheres da época: não poder votar; não comparecer a eleições; não poder ocupar cargos públicos; não poder afiliar-se a quaisquer organizações políticas ou prestar quaisquer assistência em reuniões políticas.


Pode-se dizer que, na época, os EUA passavam por importantes transformações culturais e a sociedade norte-americana buscava fazer com que os valores que inspiraram a Independência servissem para dar sentido aos rumos da nação. Com isso, os movimentos sociais se organizaram na luta por vários direitos. Os americanos, e especialmente as mulheres, se uniram para reformar o país.


Curiosamente, para surpresa de muitos cristãos brasileiros, sobretudo os evangélicos do ramo neopentecostal, o feminismo nos EUA se organizou dentro de uma igreja...

2 comentários:

  1. Olá, Rodrigo!
    Como vão, tu e Núria?
    Desconhecia, completamente, que o feminismo tinha nascido numa igreja, mas seu post me elucidou muito bem.
    Abraço e tudo de bom.

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    Respostas
    1. Oi, CÉU

      Tudo bem?

      Obrigado pela visita

      Acredito que, há 200 anos atrás, as igrejas fossem abertas para o debate comunitário e o próprio John Wesley foi um pastor a frente de seu tempo. E, apesar das ideias secularistas da Revolução Francesa, as igrejas ainda tinham fortes ligações com as causas sociais

      Um abraço e volte sempre!

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