Treze anos casados, juntos porém há 21 carnavais...

Foi justamente no começo da noite de 04/03/2006, há exatamente 13 anos, diante de umas dezenas de convidados, no auditório de um sítio na rodovia RJ-130 (Estrada Friburgo-Teresópolis), cuja construção foi destruída pela enchente de 2011, que ela disse "sim" ao meu pedido.

Entretanto, o "sim" dela foi bem antes disso, não muito tempo depois de termos nos conhecido pela primeira vez no sábado de Carnaval de 1999, num lugarejo das serras macaenses chamado Sana. Mais precisamente no badalado Bar do Jamaica, um dos primeiros locais onde parei para tomar alguma coisa após a longa caminhada feita de Lumiar, distrito de Nova Friburgo, até lá. Claro que tive a ajuda de umas caronas naquele trajeto.

Pois é. Lógico que, quando eu e Núbia nos vimos ali ainda não foi nessa agradável rede na qual ela, com os seus saudosos cabelos longos, estava sentada bem pertinho de mim. O papo começou ainda no balcão de atendimento do estabelecimento e, naquele momento, eu nem imaginava que, horas depois, quando nos reencontrássemos na praça do povoado, ficaríamos juntos até hoje.

E que coincidência! Essa nossa relação já dura duas décadas e algumas semanas (quase a metade dos meus dias), sendo então vinte e um carnavais, contando com o primeiro. Ou seja, é tempo pra caramba, de modo que poderíamos muito bem ser pais de um filho universitário ou até avós de uma criança pequena.

Todavia, não tivemos nenhum "bacuri", conforme a expressão informalmente usada pelos sulistas. E, sem querer nos vangloriar contra quem não foi bem sucedido no matrimônio, visto que cada um tem lá suas razões para divorciar ou continuar casado, até que o nosso tempo de relação encontra-se acima da média nacional de seus 14 anos, segundo as Estatísticas do Registro Civil 2017, do IBGE. Ou, se forem considerados só os papéis assinados, então falta apenas um ano para chegarmos lá.

Mas quem foi que disse que estamos preocupados em viver mediocremente iguais a todo mundo?!

Por acaso é acompanhar a "boiada" que fará as pessoas felizes?!

Ora, se tivéssemos nos enquadrado dentro dos padrões da sociedade, talvez nem tivéssemos namorado e depois nos casado. Aliás, a nossa vida teria sido bem chata...

É certo que a felicidade nunca será um estado permanente na vida de alguém, visto que todos passamos por alegrias e tristezas. E, num casamento, muitos são os momentos infelizes tais como os inevitáveis desentendimentos, as doenças, as dificuldades financeiras e as privações. Porém, creio que, até mesmo essa parte ruim da vida faz com que a boa tenha mais sabor.

E assim vamos completando a nossa caminhada de cada dia. Não somos um casal perfeito e nem seremos os mais felizes, porém podemos colorir com as mais diversas tonalidades cada momento que a vida nos proporciona a fim de que as agradáveis experiências lá de trás sejam sempre ressignificadas no presente.

Tenham uma excelente tarde de segunda-feira, meus amigos!