"Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria". (Salmos 90:12; NVI)
Nesta terça-feira (12/04/2022) de uma semana "curta", pude completar mais uma volta em torno do Sol. Uma translação sem que o corpo saia da própria Terra...
Depois dos 40, já não curto tanto os aniversários como nos meus tempos de criança ou de adolescente, quando passava semanas ansiando por comer os deliciosos bolos de chocolate e me sentia chateado caso os adultos comprassem alguma torta de outro sabor. Aliás, adorava quando chegava o mês de abril por causa desta data, dos "ovos do Coelhinho, e também dos feriados que me proporcionavam um descanso das estressantes atividades escolares.
O tempo passou e já não somos mais os mesmos. Tenho hoje idade para ser pai e até avô, embora ainda jovem o suficiente para produzir por muitos anos coisas boas/úteis para a coletividade, através do trabalho, da participação política e da própria atuação no meio social.
Fazer avaliações inteiras de nossas vidas é sempre algo trabalhoso e inadequado para uma breve postagem nas redes de internet. Contudo, posso falar rapidamente de como foi a metade desses anos, os quais foram vividos ao lado de Núbia desde quando nos conhecemos no Carnaval de 1999.
Pois bem. A maior parte da minha existência terrestre se deu fora da casa dos pais e avós. Em meados de 1995, passei a morar sozinho e, em 2006, após sete anos de namoro, eu e Núbia nos casamos, no dia 4 de março daquele ano, num sítio da cidade serrana de Nova Friburgo.
Assim, posso dizer que a segunda metade dos meus dias foi de duro aprendizado para me tornar um trabalhador e um marido, numa escola sem paredes que é a Vida. E não demorou muito para que, estando já formado, não tivesse outro meio de comer o pão a não ser com o suor do meu rosto, precisando quase que me afastar da advocacia para depois retornar a ela.
Meu pai Francisco Carlos, com quem convivi somente em uma parte da infância, estaria hoje com seus 75 anos, caso não tivesse falecido aos 36 (uma década a menos que eu). Porém, minha mãe, a jovem mulher da foto, é hoje uma idosa que acabou de completar seus 64 anos em 04/04 do corrente.
Da geração dos avós, restou apenas o pai da mamãe, seu Georges, que completará 89 anos em maio e reside milhares de quilômetros na cidade de San José, capital da Costa Rica. E tenho também viva a segunda esposa do vovô paterno, chamada Diva, que mora em Juiz de Fora, Minas Gerais. Nascida em 1927, ela deverá alcançar em junho a mesma idade atual da rainha da Inglaterra.
Sem dúvida que ainda tenho muito o que aprender, conquistar, celebrar, desapegar, colaborar e ajudar. Há uma longa estrada a ser percorrida, bem como enfeitada com o unguento do amor fraternal e abrilhantada como um significado maior do que as realizações do momento.
Neste dia, recebi várias mensagens e ligações de parabéns, as quais agradeço, sendo que desejo muito no futuro ter algo a mais para celebrar. Porém, em todo caso, nunca podemos deixar de ser gratos pelo dom gracioso da Vida, a qual nada nos pede em troca para podermos comemorá-la, ainda que venha a nos faltar a tão importante sabedoria dita pelo salmista.
Alcançar um coração sábio certamente nos fará bem e quem sabe poderá aclarar o caminho para nos aproximarmos da verdadeira felicidade. Porém, quer saibamos ou não contar os nossos dias, eis que o dia chamado hoje sempre será um convite para toda e qualquer pessoa dignamente celebrar a Vida, como já fazem espontaneamente os bebês sem nenhuma consciência temporal.
Às criancinhas, como dizia o Mestre, o Reino dos Céus!
Esse é o meu grande amor há 46 anos. Pela metade desse tempo, estamos juntos ❤. Uma vida... Pode deixar que vou fazer seu bolo sem glutem de biomassa de banana verde pra comemorarmos🍌🎂
ResponderExcluirParabéns Rodrigo, Deus te abençoe grandemente.
ResponderExcluirObrigado a todos pelas felicitações!
ResponderExcluirForte abraço e tudo de bom!