Neste sábado (02/01/2025), fui surpreendido pelas notícias de duas perdas em Nova Friburgo, cidade onde vivi de 1999 a 2011, na qual me formei, iniciei minha profissão e me casei com Núbia.
Nesses anos todos lá, conheci bastante gente de todas as faixas de idade, fui morador atuante, fiz belas caminhadas no meio rural, ingressei no movimento ambientalista, escrevi alguns textos no jornal A Voz da Serra, congreguei em duas igrejas, tive amigos, participei da política local, enfrentei interesses de poderosos e tive as minhas experiências.
Após ter descido pro litoral, poucas vezes retornei, mas é certo que a nossa memória sempre guardará em seus arquivos as lembranças de pessoas com as quais convivemos e que tiveram importância na nossa caminhada existencial.
Um desses amigos foi o Tasso, um dos meus primeiros clientes na advocacia. Porém, antes de ser o seu procurador em qualquer demanda judicial, estivemos juntos em várias ocasiões. Uma delas foi quando moradores de Lumiar estavam se unindo contra um projeto de construção de uma pequena central hidrelétrica no rio Macaé e Tasso tinha um sítio atravessado por esse majestoso curso d'água, justamente na divisa entre Nova Friburgo e Casimiro de Abreu, na Estrada Serra Mar, que é a RJ-142. Por algumas vezes eu e a esposa fomos passear lá, embora tivéssemos um contato maior com Tasso no Centro de Nova Friburgo quando tomávamos um café com ele na padaria ou o visitava num apartamento onde chegou a morar na rua Portugal, ou ele vinha até nós lá na Farinha Filho, E nós tínhamos divertidos papos, falávamos sobre política, religião, experiências de vida e ciência. Inclusive, Tasso chegou a fazer umas garrafadas caseiras pra Núbia com as coisas do mato.
Neste mesmo sábado, soube também do falecimento de um irmão igualmente idoso na Igreja Evangélica Maranata onde eu e Núbia nos congregamos e casamos. Por lá estive durante quase meia década participando de retiros, estudos bíblicos e reuniões de oração, tendo conhecido o afetuoso Pastor Eli, homem muito querido por toda a comunidade. Não era o dirigente da igreja, porém sempre foi uma liderança atuante em que a velhice não apagava sua chama da fé e nem o impedia de trabalhar pelo bem das pessoas.
Pela distância e não manutenção dos contatos, não sei sobre as circunstâncias como ambos vieram a falecer ou como foram as suas vidas nos últimos anos. Entretanto , por um tempo, ambos fizeram parte da minha caminhada durante a maior parte do tempo quando morei em Friburgo.
Termino esse texto deixando meus sentimentos aos familiares do Tasso, na pessoa do seu filho e meu colega na advocacia, Dr. João Paulo, e aos irmãos da Igreja Maranata, familiares e amigos do Pastor Eli, na pessoa do Pr. Renato Gonçalves.
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