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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

O início do pensamento científico no Rio de Janeiro



Há 253 anos, mais precisamente em 1772, era fundada a Academia Científica do Rio de Janeiro, a qual foi incentivada pelo então vice-rei Luís de Almeida Portugal, segundo Marquês do Lavradio, chegando a ser sancionada pelo governo português. O objetivo de seu idealizador era promover o desenvolvimento de novas culturas para a América portuguesa, reunindo estudiosos, cientistas e pesquisadores das diversas áreas. 

A associação era composta de 9 membros onde se dedicavam a história natural, química, farmácia, agricultura e medicina, tratando-se de um lugar de ensino e aprendizagem, de modo que, no ambiente, observava-se a natureza, realizava-se experimentos, discutia-se inovações e reflexões políticas, sociais e econômicas, o que proporcionava a construção teórico-prática aos seus participantes. 

No entanto, cerca de sete anos depois, em 1779, sob a gestão de outro governador geral, o próprio governo colonial a fechou sob suspeição de subversão por seus membros.

Ainda assim, a instituição foi reorganizada com o nome de "Sociedade Literária", para ser suspensa, mais tarde em 1794, por razões políticas, tendo sido os seus membros aprisionados por acusação de conspiração a independência da colônia.

Como se vê, no século XVIII, a sociedade não tinha o direito de associação hoje reconhecido e assegurado pela nossa Constituição. Ou seja, as pessoas não tinham a liberdade de se reunir com outras pessoas para alcançar um objetivo, ainda que seja por meios legais e pacíficos.

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