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segunda-feira, 15 de julho de 2024

O terrorismo que vem do Ocidente...



Temos o péssimo hábito de associar as práticas terroristas com os grupos extremistas do Oriente Médio, como se nós ocidentais não fôssemos capazes de cometer esses mesmos crimes hediondos.


No entanto, somos ainda muito preconceituosos e fazemos do Ocidente o centro do mundo, como se aqui fosse a base cultural, política, jurídica e filosófica de toda a civilização. Só que nos esquecemos do quanto as nossas sociedades estão vulneráveis a esse comportamento vil, sendo que, raramente, associamos determinadas condutas que ocorrem no nosso meio como sendo atos de terrorismo.


Pouco sabemos até o momento acerca do suposto atirador que teria tentado matar o ex-presidente Donald Trump no último sábado (13/07), nos EUA. A princípio, seria alguém filiado ao próprio partido Republicano, embora o jovem tivesse feito uma doação em 2020 para os Democratas.


Em todo caso, o atirador não seguia a religião islâmica, nem tinha origem familiar no Médio Oriente. Era um jovem branco dos EUA, com um longo e promissor futuro pela frente, caso não tivesse deixado crescer dentro de si o sentimento do ódio.


Todavia, esse não foi um caso isolado! Na história dos EUA, quantos presidentes e candidatos à Casa Branca não foram vítimas de um atentado? Pois, corrijam se errei, mas, de Lincoln até Kennedy, contabilizo cinco assassinatos de ocupantes da cadeira número um do referido país.


Ora, mas o que dizer dos massacres nas escolas que também se tornaram episódios frequentes aqui no Brasil neste século XXI?!


Tivemos em 2018 a facada contra o então candidato ao Palácio do Planalto, senhor Jair Bolsonaro. Porém, ele não foi a única vítima da violência política pois de uma maneira muito mais cruel mataram a vereadora carioca Marielle Franco e seu motorista Anderson. Sem contarmos os diversos casos de parlamentares, sindicalistas, trabalhadores sem terra e ativistas pelos rincões do Brasil...


Diante do acontecimento de anteontem, não posso replicar mensagens de seguidores das teorias conspiratórias a ponto de duvidar sem provas do tiro que pegou de raspão a orelha de Donald Trump ou da facada no Bolsonaro, apenas por serem os meus adversários ideológicos no campo da política por representarem a extrema direita que tanto combato. 


Entretanto, devo chamar a atenção para o fato de que o cultivo do ódio pode atrair consequências nefastas para uma sociedade, levando, inclusive, a uma destrutiva guerra civil.


Por certo, quem busca unir um país, como fez o próprio Lincoln em seu tempo (quando enfrentou a escravidão nos EUA), pode ser vítima de uma covardia. Contudo, a opção de combater aquilo que divide os seres humanos será sempre o melhor caminho a fim de que alcancemos um estado de paz.


Que tenhamos a nossa mente voltada para a conciliação e o diálogo pois nenhuma sociedade pode viver seccionada politicamente e prosperar. E tudo isso que temos visto precisa servir de exemplo para evitarmos o extremismo, seja ele político ou religioso.


Ótima tarde de segunda-feira a tod@s!

5 comentários:

  1. E vamos seguir torcendo que venha a tão sonhada paz para o mundo. Uma excelente semana!

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    1. Precisamos muito cultivar a paz no mundo! Quando entramos numa escalada de conflitos, sair do Estado de guerra não é muito fácil e pode durar muitos anos.

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  2. Para justificar uma guerra, o governo dos EUA aventou realizar atentados terroristas contra seu próprio povo, sequestrar e derrubar aviões e pôr a culpa em outro país. Pode parecer teoria da conspiração. Mas foi exatamente isso que foi proposto em relação a Cuba nos anos 60.

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    1. Nunca é descartável a hipótese de que as autoridades dos EUA pudessem saber de algum plano sobre o ataque de 11 de setembro de 2001 e ainda assim teriam deixado acontecer, o que serviu de justificativa para influenciar a opinião pública na guerra de 2003 contra o Iraque uma vez que o Afeganistão não seria o alvo de interesses econômicos

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