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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Incêndios criminosos que se repetem há milênios...



Há exatos 1960 anos, mais precisamente na noite do dia 18 para 19 de julho do ano 64 da era comum, houve o grande incêndio de Roma que afetou 10 das 14 zonas da antiga cidade, três das quais foram completamente destruídas.

Algumas versões da História atribuem ao imperador Nero a sua autoria. Segundo uma delas, o monarca teria ordenado o incêndio com o propósito de construir um complexo palaciano, já que o senado romano havia indeferido o pedido de desapropriação para a obra.

Outra versão, porém, concebida por romancistas cristãos pósteros, atribui ao imperador a condição de demente, no sentido de que ele teria provocado o fato para inspirar-se poeticamente e, com isso, conseguir produzir um poema tal como fizera séculos antes o grego Homero ao descrever o incêndio de Troia.

Seja como for, o fato é que até hoje a história se repete quando ouvimos falar de incêndios destruindo imóveis antigos, muitas das vezes praticados para destruir bens tombados que deveriam ser preservados por seus proprietários, herdeiros ou administradores em benefício da coletividade.

No caso do incêndio de Roma, sabe-se que Nero, por meio de seus agentes, buscou adquirir, a preço vil, terrenos nas imediações de seu palácio, com a provável intenção de ampliá-lo. Com isso, o imperador tornou-se suspeito junto ao povo de ter responsabilidade quanto ao sinistro...

OBS: Foto referente ao quadro de Hubert Robert, que retrata o incêndio da cidade de Roma, o qual se encontra no Museu de Arte Moderna André Malraux, em Le Havre, na Normandia, França.

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