Há exatos 503 anos, mais precisamente em 18 de abril de 1521, Martinho Lutero defendia os seus ensinamentos na assembleia da Dieta de Worms, apesar do risco de excomunhão.
Na ocasião, o monge reformador do cristianismo havia sido convocado a fim de renunciar ou reafirmar as suas opiniões em resposta a uma bula papal do Papa Leão X. E, oportunamente, ele chegou a concluir que:
"A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara (pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém"
Fato é que Lutero era um defensor da consciência humana. Trata-se da ideia de alguém ser verdadeiro consigo mesmo de modo que ir contra a sua consciência não seria correto e nem seguro.
Entretanto, no final da dieta, o Imperador emitiu o Édito de Worms, o qual foi um decreto que condenou Lutero como "um herege notório " e proibiu os cidadãos do Império de propagar suas ideias. E, mesmo tendo sido considerado um fora-da-lei pelo imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germânico, ele não mudou de ideia e viveu durante um período de sua vida na clandestinidade.
Sem levar esse relato necessariamente para o lado religioso, podemos ver na vida de Lutero uma inspiração não só de ideias como de comportamento. Afinal, nos tempos atuais, tem sido escasso o número de homens que se posicionam com firmeza, inclusive na política, pois se deixam levar por aquilo que lhes parece ser mais conveniente aos próprios interesses.
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