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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

De ex-adversários a possíveis aliados em 2026



Lembrando de uma era que passou na política brasileira, em que PT e PSDB foram os maiores adversários a nível nacional por mais de 20 anos, estava pensando nos números do último pleito municipal de 2024. 

Pois bem. O Partido dos Trabalhadores ganhou 252 prefeituras no Brasil, o que representa um aumento em relação às 183 municípios que o partido havia conquistado em 2020, embora ainda não seja uma base representativa. 

Por sua vez, o PSDB elegeu 269 prefeitos no último pleito, o que significa que o partido também tem uma presença significativa em muitas cidades brasileiras. 

No entanto, é importante notar que o número de prefeituras controladas pelo PSDB tende a variar ao longo do tempo mais do que o PT diante das mudanças políticas que vão ocorrendo, já que para o Chefe do Executivo não existe perda de mandato caso mude de legenda fora do período de janela partidária e os políticos tucanos têm menos fidelidade à sigla por motivo de uma menor ideologização. 

Na atualidade, é possível que o PT e o PSDB caminhem juntos ou ao menos mais próximos no pleito geral de 2026 e se alinhem nas disputas majoritária, nem que seja para fins de segundo turno, como foi em 1989. Afinal, acredito que ambas as agremiações políticas tenham um adversário comum que é enfrentar a extrema direita bolsonarista.

3 comentários:

  1. PT e PSDB: cara de um, focinho de outro.
    Eu gostaria muito que nosso sistema político abolisse de vez
    os partidos, que para mim são um grande paquiderme que só
    atrapalham o desenvolvimento do país.
    Mas me diga, Bolsonaro está inelegível, qual seria esse tão perigoso
    extremista de direita candidato em 2026? Caiado? Zema? Tarcisio?
    tá de brincadeira, meu amigo...

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    1. Caro Edu, sinceramente não seria favorável ao fim dos partidos políticos e nem da exigência de que o candidato tenha um mínimo de tempo de filiação, exceto para os pleitos municipais onde acho que a exigência atrapalha o agrupamento de eleitores focados num interesse local. Penso que uma democracia forte depende de partidos e instituições fortes. No entanto, a credibilidade e a força de um partido depende da participação, do engajamento, da contribuição dos filiados. Para isso os partidos devem ser internamente mais democráticos e fiéis aos princípios estatutários. O respeito às decisões locais é fundamental e acredito que por aí nós avançamos já que, na verdade, os dirigentes e políticos com mandato eletivo têm prejudicado tais agremiações com seus interesses se sobrepondo aos demais. A maioria dos filiados, por sua vez, consente e não busca interagir.

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    2. Quanto a Caiado, Zema e Tarcísio não são radicais, mas flertam muito com o bolsonarismo e agem de maneira a agradar a extrema direita. Contudo, eu os aceitaria como gestores. Aqui no meu município, o prefeito atual é do Republicanos e o vice do PL. Tenho me dado bem com ambos e estão trabalhando bem nesse começo de governo. Nenhum deles é disruptivo como Bolsonaro ou o Daniel Silveira.

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