Páginas

domingo, 31 de dezembro de 2017

Fim de ano na tranquilidade



Desde a virada de 2011 pra 2012, este momento está sendo o final de ano mais suave que estou passando assim que vim morar em Muriqui (se bem que naquele reveillon eu ainda não havia me fixado residência na localidade e sim a minha sogra).

Sinceramente, nem parece que me encontro em pleno verão mas na primavera, graças à chuva que tem caído sem formar aqueles grandes temporais. E, por causa disso, as temperaturas andam suportáveis de modo que, por esses dias, cheguei a puxar uma mantinha de noite, embora sem abrir mão do ventilador de teto ligado a fim de espantar os pernilongos dos meus ouvidos.

Em falar nos ouvidos, só ontem que comecei a escutar barulho sonoro de alguns vizinhos veranistas que resolveram colocar suas músicas para tocar além das paredes de suas casas. Apenas hoje é que começaram a soltar os fogos de artifício. Aliás, o foguetório de Ano Novo trata-se de um barulho que detesto (e os meus gatos também).

Ontem e anteontem choveu continuamente por aqui. Foi uma bênção! E as plantas do meu jardim estão lindas, agradecendo cada gota de água recebida sendo que, por sua vez, os morros da Serra do mar, cobertos pela exuberante Mata Atlântica, estão todos bem verdinhos.



Confesso não estar nem um pouco interessado em caminhar até à praia para ver os fogos misturando-me na estressante muvuca que por lá se forma. E tão pouco quero entrar nessa onda de só agora, no final do ano, fazer uma retrospectiva dos acontecimentos 2017 porque, confesso sem nenhuma soberba, já tenho essa prática quase o ano inteiro. Porém, nada contra quem esteja refletindo por esta data como se costuma recomendar, pois antes fazerem agora do que nunca...

Assim sendo, vou tentando aproveitar o breve momento que tenho para descansar, desfrutando a companhia dos meus bichos (tenho três gatos), já que, como profissional autônimo da área jurídica, não tiro férias uma vez que sou patrão de mim mesmo. Contudo, posso desacelerar um pouco as atividades durante o período do recesso forense, o qual se inicia em 20/12 e termina dia 06/01, sendo que os prazos processuais permanecem suspensos até 20/01, mesmo com o retorno das atividades judiciárias normais em 07/01.


Caso me perguntem se desejo um feliz 2018, é lógico que sim. Porém, sou realista demais para empolgar-me com o fato de haver uma mera mudança no calendário, pelo que procuro analisar racionalmente os fatos que se desenvolvem.

Sobre a política nacional, não acredito que o Brasil terá conserto ano que vem. Podem vir as eleições, porém duvido que o povo saberá escolher acertadamente os seus candidatos pois os bons deverão continuar no anonimato e os corruptos, graças aos recursos financeiro do criminoso caixa dois, bem como à influência que têm, ao marketing eleitoral e à ignorância/descomprometimento do cidadão, deverão ser (re)eleitos para o Legislativo. E, nas campanhas majoritárias, talvez tenhamos uma renovaçãozinha aqui e outra ali, porém não consigo ver ainda nomes de indivíduos éticos e competentes surgirem com a devida força no meio social (continuam no desconhecimento da maioria e sem pontuarem nas pesquisas).

Poucas esperanças tenho para o mundo em 2018, mas não para a História. Isto porque duvido se teremos mudanças significativas para melhor nos próximos 12 meses que mudem o saldo de negativo para positivo. Infelizmente, a tendência ainda são os atentados terroristas se repetirem em vários países (ainda não temos isso no Brasil), a crise nuclear norte-coreana ir se arrastando com ameaças de ambos os lados mais alguns testes de mísseis no Oceano Pacífico sobrevoando a cabeça dos japoneses, a economia passando por seus momentos cíclicos de recessão/expansão, novos governantes da extrema direita tentando desfazer os processos de globalização, refugiados de guerra buscando sobreviver a todo custo e pouca vontade de se resolver os problemas mundiais da parte dos líderes. Ou seja, a princípio, as coisas tendem a permanecer como estão e, caso não se agravem, já será um ganho para a humanidade.

Todavia, acredito que podemos tentar exercer uma margem de controle quanto às nossas vidas através das escolhas pessoais que nos são possíveis. E aí sim, quando tivermos um número significativo de indivíduos fortes, conscientes de si mesmos, responsáveis com a coletividade e com um pingo de coragem para fazerem uso da caneta da História, deixando suas zonas de conforto de lá, experimentaremos progressivos avanços a serem percebidos no decorrer das décadas e séculos.

Seja como for, volto a compartilhar o meu desejo de que 2018 seja um período muito feliz em nossas vidas e para a coletividade humana, inclusive para o Brasil. Torço pelo bem e quero vê-lo se concretizar na nossa nação. E isso só depende do que faremos pelos próximos 365 dias...


Um abraço e tudo de bom!

Viva 2018!

OBS: As quatro primeiras fotos foram foram tiradas ontem aqui em casa na parte da manhã, momento que destinei para descansar como estou fazendo por esses dias. Já a última foi durante o penúltimo dia de sessão extraordinária da nossa Câmara Municipal de Mangaratiba, quando estive presente junto pela ONG Mangaratiba Cidade Transparente na votação do Plano Diretor, junto com os quilombolas das fazendas Santa Justina e Santa Izabel.

Um comentário:

  1. Neste final de tarde do dia 31/12, até que o sol resolveu aparecer, porém sem tempo suficiente para elevar as temperaturas a um nível insuportável.

    ResponderExcluir